terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Encantadora de Serpentes - Nico

Nascida Christa Päffgen, Nico causa confusão até na hora de definirmos seu local e data de nascimento. Até hoje ninguém sabe ao certo se ela veio ao mundo em 16/10/1938 em Köln ou em 15/03/1943 em Budapest. O certo, é que cresceu na Alemanha dominada pelo nazismo (que levou seu pai, morto num campo de concentração).

Aos 13 anos largou a escola e saiu de casa para vender lingerie de porta em porta. Foi encontrada por sua mãe tempos depois, numa loja onde trabalhava como manequim. Mudou-se para Ibiza e nessa época foi apelidada Nico, por um fotógrafo de moda.

Numa boate, conheceu Frederico Fellini que a convidou para fazer uma ponta em seu filme "A Doce Vida", que se tornaria um clássico. Esse fato marcou sua carreira e ela foi contratada por uma grande agência de modelos francesa. Mudou-se para Paris e tornou-se figura fácil nas capas das revistas e comerciais de TV.

Outra mudança, em 1960. Dessa vez para Nova Iorque. Nico estava disposta a seguir, também, a carreira de atriz. Numa festa, entretanto, conhece Brian Jones, que fica impressionado com sua voz sexy e sombria e a convence a cantar. Seu primeiro compacto, I'm not Saying, foi produzido por ninguém menos que Jimmy Page (então um ilustre desconhecido).

Cantando em boates de segunda categoria ela começou a conquistar seu espaço e tornar-se conhecida no mundo da música.

De volta a Paris, Nico é apresentada a Bob Dylan, que compõe para ela a belíssima canção I'll Keep It Mine, gravada em seu disco de estréia "Chelsea Girl".

Ao lado de Bob Dylan, novamente a "loira misteriosa e sexy" vai para Nova Iorque, onde é apresentada a Andy Warhol que, por sua vez, a apresenta aos seus pupilos do Velvet Underground. Tem, então, início a conturbada parceria entre a "femme fatale" e Lou Reed.

Para ela, Lou compôs clássicos como "Femme Fatale", "All Tomorrow Parties" e "I'll Be Your Mirror", perfeitas para sua voz misteriosa, sexy e melancólica.

A pareceria que parecia perfeita, entretanto, não durou muito. A permanência de Nico na banda foi abreviada por inúmeras confusões.

A cantora começou a criar problemas, recusava-se a cantar, chegava atrasada e, ao mesmo tempo, sua beleza a estava transformando numa estrela. Tinha início, então, uma guerra de egos. Lou começou a achar que o destaque dado a Nico ofuscaria o resto da banda. Ela, por sua vez, não se importava nem um pouco com a opinião dos outros integrantes ou para o que queriam.

Fora do Velvet, Nico dá início a sua carreira solo e lança três álbuns: "Chelsea Girl", "Drama Of Exile" e "Camera Obscura" que marcaram época e conquistaram seu espaço nos anais do rock.

Mas, não foi só na música que Nico causou impacto. Nem o álcool e as drogas conseguiram apagar o brilho de sua beleza. Seu corpo escultural, os olhos verdes e o cabelo loiro deixavam de quatro os homens que cruzavam o seu caminho.

Dizem que meio mundo era apaixonado por ela, de Jim Morrison a Lou Reed, passando por Iggy Pop e Alain Delon (com quem teve um filho).

Ainda assim, Nico morreu sozinha, em 1988. Decidida a mudar de vida, havia voltado para Ibiza e se livrado das drogas. Foi encontrada morta devido a uma hemorragia cerebral durante um passeio de bicicleta.

Uma fatalidade acabou com a vida de um dos mais desconcertantes vocais femininos do rock.

Por ter feito tudo aquilo que quis, sem se importar com a opinião alheia ou com os "sinceros sentimentos" de ninguém, essa "roqueira fatal" mereceu destaque também por aqui. E se você saber exatamente do que ela era capaz, ouça um de seus discos solos ou com o Velvet Underground. Impossível ficar indiferente.

Encantadora de Serpentes - Courtney Love (Malvada Como Eu)

Courtney Love tornou-se conhecida do grande público ao se casar, em 1992, com o vocalista e lider do Nirvana, Kurt Cobain. Ela, entretanto, tinha sua própria banda (Hole), uma carreira controversa e uma vida um tanto quanto conturbada.

Malvada por excelência, Courtney com certeza terá sua história contada aqui. Dessa vez, entretanto, o espaço está aberto para um artigo escrito por ela e publicado na revista "Bust". Posteriormente, o mesmo texto republicado no caderno "Mais", da Folha de São Paulo do dia 19 de outubro de 1997. Agora está aqui, no Malvadas!!! A tradução e as notas são de Marilene Felinto.


Malvada Como Eu
(de Courtney Love)

Eu nasci malvada. Meu pai biológico é um homem mau, por isso que a mamãe logo pensou "ó, ela tem aquela gota de sangue ruim nela". Só que no fundo mesmo, e com meu namorado, eu sou toda família e puritana boazinha _mas não conta pra ninguém.

Quando você é uma garota malvada, as pessoas morrem de medo de você. Não te espancam nem te estupram porque você não leva jeito pra vítima (claro que já pode ter acontecido, mas não com tanta frequência). Mas se você é famosa, é ruim, porque todos os caras querem te comer, daí você fica toda sentimental e eles dizem "uuuuuu..." por acharem que o que você ia fazer era dar umas porradas neles. Filhos da mãe.

Quando você é uma garota malvada, todo mundo faz o que você quer. Você tem espaço para crescer. Garotas malvadas são mais legais do que garotas boazinhas, e são mais amigas (...), na maioria das vezes, a não ser que essas outras sejam das que fazem tudo para agradar os caras, até usar as malvadas, esfregando em si mesmas, feito bastante perfume, um pouco do tempero das garotas malvadas. Garotas malvadas são mais espirituais e menos propensas a se viciar em drogas. E, se se viciam, quando largam, largam mesmo.

As garotas malvadas conhecem os gênios antes das tapadas das boazinhas. Elas pegam os caras quentes antes, porque elas não ficam procurando aprovação, aquele big selo de popularidade. Em "Amadeus", Salieri diz que Mozart é feio; mas aí a soprano (uma picante garota malvada) responde: "Uma mulher de bom gosto só quer saber do gênio".

Garotas malvadas adoram corpos de caras que tenham QI astronômico. A maioria das garotas malvadas não é tão libidinosa quanto as garotas boazinhas. Sexo é intriga, não aparência. É todo construído e tramado na fantasia.

Garotas malvadas amam como leoas e matam quem se meter com sua prole.

Garotas boazinhas roubam os namorados das malvadas. Garotas malvadas trepam, sim, com os namorados de vocês, mas a gente meio que fica se sentindo uma merda depois. O papel de vocês é ficar rondando os namoradinhos de vocês feito cachorro cobiçando um pedaço do churrasco. A gente não, o negócio da gente é voar com os caras de vocês para Nova York ou Los Angeles ou Paris e se trancar num quatro estrelas por três dias enquanto eles fazem com a gente coisas que não ousariam nunca fazer com vocês. (...)

Garotas malvadas são "femenistas". A gente gosta de batom escuro e calcinha sexy, mas nós odiamos machismo, mesmo que a gente coma os maridos/namorados de vocês. Nós compreendemos os homens, nós os amamos, nós hetero/bi garotas malvadas.

Nós não somos psicóticas garotas más; essas são as maléficas, de um tipo só delas. Talvez a "Bust" possa fazer um número sobre as "garotas maléficas" e aí a gente vai poder tirar todas elas do armário. Elas geralmente são consideradas garotas boas pela comunidade. (...)

Garotas malvadas ficam obcecadas quando recebem um pé na bunda, mas ao invés de apelar para as táticas das maléficas garotas boazinhas, a gente faz coisas do tipo: deixa a banda do cara abrir o show para a nossa; manda toda a correspondência dele para o restaurante Der Wienerschnitzel em Watts (1); compra uma guitarra só por vingança; cria revistas em quadrinhos geniais e vira um gênio como a minha garota malvada favorita de Nova York, Dame Darcy, deusa suprema. (...) Ela é amiga da Lisa Suckdog, que tem aquela ótima zine "Rollerderby". Lisa tenta ser uma garota malvada zanzando nua por aí, mas eu acho que ela não nasceu para a coisa. (...)

A Darby da "Ben Is Dead" é uma garota malvada. Ela tira sarro da minha cara, mas garotas malvadas fazem isso umas com as outras, infelizmente. (...) A Cristina Martinez da Boss Hog é uma garota malvada quentíssima _qualquer dia desses ela vai perder aquele cara, o Spencer, e descobrir o quanto ela é fabulosa. (...) Tá vendo? As garotas malvadas se fodem (...). Nós simplesmente não conseguimos atravessar a linha que separa as garotas malvadas das garotas maléficas, isso é coisa para a... tudo bem, sem essa de citar nomes.

Alanis Morrisette ganhou uma porção de Grammys e foi à entrega do Grammy. Garota malvada nenhuma iria à entrega do Grammy.

Nunca dê um pé na bunda de uma garota malvada porque um dia você vai ter que voltar e rastejar por alguma coisa; cuidado, cara _nem a fúria dos infernos é pior do que a de uma garota malvada que levou um pé na bunda.

Garotas malvadas conseguem lidar com alguma infidelidade. Garotas boazinhas te largarão "por princípio".

Garotas malvadas podem ser tão classudas quanto Jackie O., que era, sim, uma garota malvada, mas que só achava que não era da nossa conta saber disso.

Minha mana Barrymore (2) é uma puta duma garota malvada. A gente vai usar jeans bem lavado na entrega do Oscar. Claro que garotas malvadas vão às festas de entrega do Oscar _só se você for indicada é que você vai dizer que está ocupada e não poderá ir.

Garotas boazinhas vivem de mau humor ou então felizes com a desgraça alheia, porque elas vivem cheirando a bunda dos outros ou sendo bajuladas. (...)
Nós conseguimos ser ao mesmo tempo totalmente prostitutas da mídia e completamente misteriosas.

Todas as garotas malvadas nas redondezas de Nova York e Los Angeles já transaram com outras garotas simplesmente porque sim. (...)

Garotas malvadas engolem _porque é uma puuuuuuta grosseria cuspir..._, mas não na primeira vez. (...)

Se você é uma garota solteira no pedaço, eu sugiro poder. Você tem que trabalhar duro para conseguir, e ninguém vai te ajudar. Você vai ganhar muitas inimigas entre as mulheres. Isso porque você eventualmente vai aparecer por aí dando uma de mulher de um puta editor _que está vivo e simplesmente gosta de você_ em algum filmaço e todos os inúteis que trabalham nas revistas dele você poderia comer se quisesse, mas não vai fazer isso porque garotas malvadas nunca abusam do poder, uma vez que o tenham adquirido, a não ser para fins sexuais apenas.

Garotas malvadas não fingem orgasmos, só se for para enganar elas mesmas.

Garotas malvadas até que têm namorados malvados, mas na maioria das vezes são namorados bonzinhos, porque o cara-anjo, de rosto doce, é realmente horrendo, e o Mr. Macho é um cagão que não sabe que suéter usar em cena esta noite: arrg! (...)

Eu sou uma perdedora no jogo do telefone. Se você quiser ser uma ''femme fatale'', vai em frente e nunca telefone de volta, nem faça contas etc. As boas garotas malvadas nem sequer entram no jogo do telefone. É difícil de acreditar, mas é verdade. Jogo de gato e rato é coisa da era elizabetana e vitoriana.

Garotas malvadas vão sempre te oferecer tudo o que elas tiverem.

Nós, garotas malvadas, somos vulgares, mas temos potencial para sermos totalmente finas.

O resto é só da minha conta, e não da conta do ''New York Post''!
**
Notas
1. Watts é um bairro de Los Angeles (EUA) considerado ''barra pesada''.
2. Drew Barrymore, atriz de "ET - O Extraterrestre" (1982), "Bad Girls" (Quatro Mulheres e Um Destino, 1994) e "Todos Dizem Eu Te Amo" (1996).

Estante de Pandora - Juliana (O Primo Basílio)

Sabe aquela história de que o culpado é o mordomo? Então, em "O Primo Basílio", de Eça de Queiroz, essa máxima é mais ou menos verdade. Só que, nesse caso, a culpada é a empregada. Não que Juliana, a criada em questão, tenha cometido um crime grave, matado alguém ou coisa assim. Mas, é bem verdade que ela atormentou a vida de sua patroa, Luisa.

Juliana, de longe a personagem mais elaborada da trama, tinha por volta de quarenta anos. Era magra, feia, tinha a pele amarelada devido a uma doença no coração, olhos grandes e encovados, era virgem e solteirona. Ela odiava a condição de empregada que já a acompanhava há mais de vinte anos e faria qualquer coisa para conseguir dinheiro e se livrar do emprego.

E a oportunidade certa chega quando ela descobre que Luisa mantém um caso extra-conjugal com Basílio. Ela consegue pegar as cartas dos amantes e passa a aterrorizar a patroa que acaba conseguindo recuperá-las. Mas, até esse ponto, Juliana faz tudo para infernizar Luisa e, no final das contas, nenhuma das duas tem um "final feliz", já que ambas acabam morrendo.

Entretanto, os "apelidos carinhosos" dados a Juliana ao longo da trama servem bem para dar a dimensão do "prazer" que deveria ser estar ao seu lado: tripa velha, isca seca, fava torrada ou saca rolhas. Ela era egoísta, individualista e nunca mediu esforços para conseguir o queria e, por isso, acabou ganhando seu espacinho aqui no Malvadas.

Calçada da Maldade - Mama


Quando um homem atordoado, após um provável ataque de fúria que resultou na morte de seus sócios e de sua esposa, pega suas duas filhas e sai dirigindo por uma estrada coberta pela neve, a perspectiva de uma nova tragédia é iminente. Mas não prepara para o que está por vir. Após um acidente, o homem e as filhas são obrigados a perambular pela floresta em busca de abrigo contra o frio.

É aí que eles encontram uma cabana abandonada onde ele pretende dar continuidade ao seu plano: matar as filhas e, provavelmente cometer o suicídio. E quando ele se prepara para executar a garota mais velha, apontando uma arma para sua cabeça, inesperadamente surge uma criatura que, de certa maneira, protege as garotas dando cabo do pai.

É a tal "Mama" do título que durante os próximos cinco anos vai "criar" e proteger as garotas como se fossem suas legítimas crias.

Até que um dia, contratados pelo tio das garotas, dois homens acabam chegando até a tal cabana. Mas, eles não estão exatamente preparados para o que vão encontrar. Eles acreditavam que encontrariam as garotas com o pai, ou então mortas. Mas não. Elas estão no local mas, sem contato com humanos, se comportam como animais arredios. Elas sobreviveram, ao que parece, ingerindo frutas do local. Na verdade, essa é uma parte bem difícil de engolir do filme, mas não estamos aqui para fazer crítica de cinema, apenas para falar da "Mama".

As garotas são levadas de volta à cidade, passam pelas mãos de um psiquiatra e, finalmente, voltam para o convívio do tio e de sua namorada. A mais velha, rapidamente vai se adaptando à nova situação. Mas, a mais nova que tinha tido pouco contato com a família leva mais tempo para se acostumar e, parece não estar muito disposta a isso também.

O psiquiatra adverte os tios que elas conversam com alguém que chamam de Mama e que podem ter criado isso como uma maneira de enfrentar o sofrimento de tantos anos no isolamento.

Com o tempo, todos começam a perceber algo de estranho nas atitudes dela, principalmente em relação à namorada do tio. E notam que, não necessariamente, a tal Mama seria uma invenção das garotas. Alguns fatos acendem a luz de alerta: e se a Mama não for uma invenção? E se for uma entidade que não está disposta a abrir mão das garotas?

O filme pode não ser o melhor de todos os tempos, mas rende bons sustos. E, na minha opinião, a menininha mais nova é o cão. É bem verdade que a Mama não queria deixar as garotas em paz, mas a mais nova também não queria livrar-se dela e faz tudo para ajudá-la a infernizar a vida da tia.

O final é meio balela de mais para o meu gosto, apesar de ter me surpreendido. E eu bem que gostei porque eu realmente não gostei da garotinha mais nova. Enfim, na minha opinião era ela quem atraía e mantinha Mama por perto e, sinceramente, boas intenções a Mama não tinha! Mas o filme vale pelos sustos!

Ficha Técnica

Título original: Mama
Direção: André Muschietti

Elenco:

Jessica Chastain (Annabel)
Nikolaj Coster-Waldau (Lucas / Jeffey)
Megan Charpentier (Victoria)
Isabelle Nélisse (Lilly)
Daniel Kash (Dr. Dreyfuss)
Javier Botet (Mama)


Gênero: Horror

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cavaleiros do Apocalipse - Earl Brooks (Instinto Assassino)

Pai de família Brooks consegue esconder tanto tempo sua verdadeira personalidade por ser extremamente cuidadoso. Ninguém sabe quem é aquele que é conhecido como o "Assassino da Impressão Digital". Até que um dia, após um tempo afastado da vida de crimes, sua compulsão por matar ressurge, juntamente com seu alter ego (interpretado por William Hurt), que ele considera o verdadeiro assassino.

Então, um dia ele é flagrado por um fotógrafo que consegue registrar um de seus crimes e, ao invés de entregá-lo para a polícia, passa a chantageá-lo para que ele o leve junto em seu próximo crime. Para o desavisado fotógrafo tudo não passa de uma nova experiência sem grandes consequências. Ledo engano.
, bem sucedido empresário, um cidadão exemplar. Assim é visto Earl Brooks por todos aqueles que convivem com ele. Mas, assim como em alguns casos reais, ninguém conhece o seu mais profundo segredo: ele é um Serial Killer.

Earl Brooks é frio, cuidadoso e, extremamente inteligente. Seus únicos pontos fracos são a filha que começa dar mostras de ter herdado o "instinto assassino do pai" (um policial bate a porta da família procurando um amigo da garota que está desaparecido) e uma obcecada detetive que tenta a todo custo prendê-lo.

Ficha Técnica

Título original: Mr. Brooks
Direção: Bruce A. Evans

Elenco:

Kevin Costner (Mr. Brooks)
Demi Moore (Det. Tracy Atwood)
Dane Cook (Mr. Smith)
William Hurt (Marshall)
Marg Helgenberger (Emma Brooks )
Danielle Panabaker (Jane Brooks)


Gênero: Suspense

Cavaleiros do Apocalipse - Early Grayce (Kalifornia)



Sabe aqueles conselhos de mãe? Aqueles do tipo "pegue um casaco", "não fale com estranhos", "não pegue carona"? Então, Kalifornia é um filme que mostra que a sua mãe tinha razão quando dizia isso. Pegar ou dar carona para um desconhecido pode transformar sua vida (ou sua viagem, nesse caso), em um pesadelo!

Brian Kessler e sua namorada Carrie Laughlin estavam indo para a California e, pelo caminho, tinham programado passar por locais onde foram cometidos vários crimes famosos, uma vez que Brian estava escrevendo um livro sobre o assunto. Para dividir os custos da viagem, eles colocam um anúncio num mural, procurando por companhia. O que eles não imaginavam é que acabariam, eles próprios, nas mãos de um serial killer.

Early Grace, um condenado em condicional, vê na viagem a oportunidade perfeita de fugir da cidade (e para bem longe de seus últimos crimes), com sua namorada Adele (Juliette Lewis).

Adele parece desconhecer o lado "assassino" e os crimes praticados por ele, embora conheça bem sua fúria, já que apesar dos momentos "doces" ao seu lado, ela também já havia apanhado de Early várias vezes.

Enquanto isso a independente Carrie, fotógrafa de sucesso, sente-se incomodada desde o início pela presença de Early. Ela percebe sua inconveniência e parece entender do que ele é capaz. E tem razão, afinal, durante a viagem, Early vai tornando-se cada vez mais violento até tomar o casal como seus reféns e quase transforma-los em personagens como aqueles das histórias que Brian tentava documentar para publicá-las em seu livro.

Kalifórnia é tenso, Brad Pitt está tão bem no papel que fica impossível lembrar que ele é um dos artistas mais bonitões de Hollywood. Enfim, é um filme para ver, e lembrar de nunca mais desrespeitar aqueles "famosos conselhos de mãe" citados acima!

Ficha Técnica

Título original: Kalifornia
Direção: Dominic Sena

Elenco:

Brad Pitt (Early Grayce)
David Duchovny (Brian Kessler)
Michelle Forbes (Carrie Laughlin)
Juliette Lewis (Adele Corners )

Gênero: Thriller

Cavaleiros do Apocalipse - Adam Carr (O Dia do Terror)


Adam Carr nunca foi o garoto mais popular do colégio. Tímido e inseguro ele, obviamente, não era o escolhido das patrícinhas. No passado ele foi desprezado pelas amigas Kate, Paige, Dorothy, Lily e Shelly que nunca quiseram ser vistas com um garoto como ele. A exceção foi "gordinha da turma", que o beijou para pouco tempo depois alegar ter sido atacada por Adam.

Mas, o garoto cresceu, mudou muito e... quer vingança. Ele envia bombons com um recheio suspeito e cartões nem tão romântico para depois, disfarçado com uma máscara de cupido eliminar uma a uma as garotas que um dia o desprezaram

Sinceramente, o filme nem é lá tanta coisa assim. É bem óbvio e sem graça. Mas, como o assunto dessa atualização é o Dia dos Namorados, Adam também ganhou seu espaço aqui.

Ficha Técnica

Título original: Valentine
Direção: Jamie Blanks

Elenco:

Denise Richards (Paige)
David Boreanaz (Adam Carr)
Marley Shelton (Kate)
Jessica Capshaw (Dorothy)
Jessica Cauffiel (Lily)
Katherine Heigl (Shelley)

Gênero: Terror

Cavaleiros do Apocalipse - Ed Gein

Ed Gein foi um famoso serial killer americano, nascido em 1907 na cidade de Plainfield, em Wiscosin. Seus crimes o tornaram famoso e fizeram dele inspiração para um sem número de personagens de filmes de terror e suspense, como Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes), Buffalo Bill (O Silêncio dos Inocentes), Leatherface - o mais famosos deles - (O Massacre da Serra Elétrica) e Normam Bates (Psicose), dentre outros.

Mas o que ele faz aqui? Simples. Sua mãe abusiva e fanática teve uma participação "especial" no início da matança. Quando criança, Ed era espancado pela mãe, que afirmava que sexo era pecado.

Seu pai era alcoólatra, estava constantemente desempregado e era desprezado por Augusta (a mãe de Ed). Ela, entretanto, continuava casada por conta de suas convicções religiosas.

Apesar de Ed e o irmão Henry frequentarem a escola, Augusta proibia qualquer contato dos garotos com estranhos ao mesmo tempo que dizia aos filhos que a bebida era coisa do dêmonio, todas as mulheres eram prostitutas e sexo devia ser feito apenas com uma finalidade: a procriação.

Na escola, Ed sofria bullying por ser levemente afeminado e, para piorar, toda vez que tentava fazer amigos, era proibido pela mãe. Mesmo assim, Ed fazia tudo para agradá-la, tarefa praticamente impossível pois ela estava sempre infeliz com os filhos, insultando-os e dizendo que eles seriam um fracasso como seus pais.

Ed e Henry trabalhavam com a mãe no armazem da família e eram considerados honestos pela população local. Com a morte do pai, os irmãos começaram a fazer diversos serviços para ajudar nas despesas e, por essa época, seu irmão começou a preocupar-se com a relação entre Ed e a mãe, criticando-a diretamente perante um Ed que ouvia a tudo mortificado.

Em 1944, um incêndio destruiu a quinta dos Gein e, na tentativa de apagá-lo, os dois irmãos se separaram e Henry desapareceu. Ed informou a polícia e buscas foram organizadas. Ed, então, levou a polícia diretamente ao local onde estava o corpo de Henry. Mas, a polícia nunca acreditou que a morte tenha sido causada pelo incêndio, uma vez que o local onde encontrava-se o corpo de Henry não estava queimado e, mais tarde, a causa da morte foi descoberta: asfixia.

Augusta morreu em 1945, deixando completamente sozinho. Tinha início aí, uma das histórias de serial killers mais bizarras e famosas dos EUA. Ed era assombrado pelo fantasma da mãe e manteve seu quarto trancado e intocado.

Ele desenvolveu um interesse doentio pela anatomia feminina, frequentava o cemitério, desenterrava corpos femininos e mutiláva-os, levando partes dos corpos para sua casa. Ele guardava cabeças, dissecava órgãos, retirava cuidadosamente a pele que era colocada sobre um manequim feminino (muitas vezes ele mesmo "vestia a roupa" de pele). Mais tarde, ele começou a matar mulheres da idade de sua mãe (segundo consta a "pedido" dela).

A primeira vítima foi Mary Hogan, dona do bar que ele frequentava. A segunda Bernice Worden, dona da loja de ferragens local. Seu corpo foi encontrado na casa de Ed, decaptado, com um corte da vagina até a garganta, pendurado de cabeça para baixo num gancho de açougueiro e amarrado. Seus órgãos foram encontrados numa caixa, seu coração estava em um prato na sala de jantar. Quando a polícia fez uma busca no local encontrou: crânios humanos, pele transformada em abajur e assentos para cadeiras, peitos usados como seguradores de copos, crânios usados como tigelas de sopa, a pele do rosto de Mary Hogan, puxador de janela feito de lábios humanos, cinto feito com mamilos, meias feitas de pele humana, uma caixa com vulvas que ele confessou usar, cabeças prontas para exibição.

Ed Gein confessou ter desenterrado diversas mulheres de meia idade que se pareciam com sua mãe e, também, que após a morte da mesma decidiu mudar de sexo, por isso tinha feito uma "roupa" de mulher, para vestir e fingir que era mulher.

Ed foi preso e julgado pelo assassinato de duas mulheres (por isso, muitos não o classificam como um serial killer), mas a polícia desconfia que ele foi o responsável pelo desaparecimento outras cinco pessoas. Apesar de não ser considerado culpado devido à insanidade mental, Ed passou o resto dos seus dias num hospital psiquiátrico. Ele morreu em 1984 e sua lápide foi vandalizada e roubada ao longo dos anos. Enquanto ele esteve preso, sua casa foi incendiada e o carro que ele usava para transportar suas vítimas foi vendido em 1958.

Cavaleiros do Apocalipse - Grinch


O Grinch é um dos personagens mais famosos criados por Dr. Seuss. Sua primeira aparição foi como protagonista do livro "Como o Grinch Roubou o Natal", em 1957, e fez tanto sucesso que o nome "Grinch" acabou virando um sinônimo de pessoa que não gosta do Natal, ou de alguém grosseiro e ganancioso.

Apesar de odiar o período Natalino, o personagem acabou virando um dos símbolos dos "feriados de inverno", ornamentos de Natal e até fantasia de Halloween. Além disso, foi adaptado para teatro, cinema, animações e já apareceu em uma série de programas de TV (até em Glee, onde foi interpretado por Sue Sylvester).

O Grinch vive em uma caverna isolada, perto de Whoville (a Quemlândia, ou Vila dos Quem), como são chamadas as pessoas da estória) e seu único companhiero é seu cão, Max, que o acompanha em seus feitos.

Ele despreza as férias de Natal sob a justificativa de que seu coração é "dois números menor" que os normais e inventa um plano para roubar toda a decoração e, também, os presentes de Natal dos "Quem" e, para isso, se veste com a roupa do Papai Noel.

No cinema, o Grinch foi interpretado por Jim Carrey e, embora no filme e em várias mídias ele apareça como verde com olhos amarelos, no livro original, como todo o resto, ele é impresso em preto e branco, com tons de vermelho. Além disso, no filme, ele conta com poderes sobre-humanos que o tornam capaz de levantar um trenó carregado.

No final, o contato com Cindy Lou, uma garotinha que mora na vila e observa as pessoas que só pensam em compras e se esquecem do verdadeiro sentido do Natal, acaba ensinando ao Grinch o verdadeiro significado da data e ele acaba mudando sua opinião. Apesar disso, não se pode negar que sua idéia tenha sido original e só por ter seu nome transformado em sinônimo de "anti-natal", o Grinch já merece seu espaço em nosso especial de Natal.

Cavaleiros do Apocalipse - Os Sete Maridos de Elizabeth Taylor

Sobre Elizabeth Taylor é possível afirmar duas coisas: ela colecionou sucessos e casamentos. Foram oito, ao todo, com sete homens diferentes. Isso porque ela se casou duas vezes com Richard Burton, a quem se referia como o grande amor de sua vida.



O Primeiro

Conrad Hilton Jr., um dos herdeiros da rede de hotéis Hilton, foi o primeiro a levar Elizabeth para o altar, em 1950.

Conrad, era um “bon vivan”, emendava noitadas e bebedeiras que acabaram cansando a diva e ela colocou um ponto final na união menos de um ano após o casamento.




O Segundo

O segundo marido de Elizabeth foi o ator inglês Michael Wilding, em fevereiro de 1952.

Com ele, a estrela teve dois filhos: Michael, nascido em 1953 e Christopher Wilding, nasceu em 1955.

O casamento acabou em 1956.





O Terceiro

Dessa vez o eleito foi Mike Todd, com quem ela se casou em fevereiro de 1957, um ano após o segundo divórcio.

O relacionamento era cheio de conflitos e gerou Elizabeth Frances (Liza) Todd.

Dessa vez, não houve divórcios.

Todd morreu em março de 1958, apenas um ano após o casamento.


O Quarto

Esse talvez tenha sido o mais polêmico dos casamentos de Elizabeth Taylor. Isso porque o marido era ninguém menos que Eddie Fisher, amigo de Mike Todd e ex-marido de Debbie Reynolds (ver outra face), amiga de Elizabeth.

Dizem que Fisher foi consolar Taylor quando esta ficou viúva e acabou caindo nos braços, e na cama, da diva. A união durou cinco anos e foi motivo de muito falatório entre os famosos.

O Quinto

Chegou a vez de Richard Burton, o grande amor de sua vida. Richard e Elizabeth se conheceram durante as filmagens de Cleópatra, quando ela ainda era casada com Eddie Fisher que, digamos, acabou provando do próprio veneno.

Ela, por sua vez, mais uma vez fez o papel da “destruidora” de lares, uma vez que Burton era casado com a mesma mulher havia anos. Entre altos e baixos, cartas de amor, paixão, admiração, bebedeiras, abuso de drogas, discussões e ciúmes, essa união durou 10 anos, terminando em 1973.

Em 1975, entretanto, os dois reataram e se casaram novamente. A união durou apenas um ano, mas foi tempo suficiente para adotarem a quarta filha de Elizabeth, Maria Burton. Apesar da separação, os dois continuaram amigos, falavam-se ao telefone e trocaram cartas de amor, até 1984, quando ele morreu.

O Sexto

Em dezembro de 1976, a estrela casou-se pela sétima vez (com o sexto marido diferente), John Warner, um político americano com quem ficou até 1982.










O Sétimo

Depois de quase 10 anos solteira, Elizabeth casou-se novamente em 1991. Dessa vez, com o caminhoneiro Larry Fortensky um alcoólatra em recuperação que, após a separação acabou preso por assaltar uma namorada. Os dois ficaram casados até 1996 quando ela jurou nunca mais se casar.

Cavaleiros do Apocalipse - Gary Oldman

Gary Oldman é daqueles atores que faz qualquer um torcer pelos vilões. Ou porque são tão melhores interpretados que os "mocinhos", que parecem apagados diante de seu talento, ou porque não existe alguém melhor que ele para interpretar um vilão atormentado.

Se já não fosse difícil passar incólume pelo charme diabolicamente sedutor de Drácula, isso tornou-se impossível após a versão de Oldman do personagem. Mas esse não é seu único vilão inesquecível.

Tanto que numa entrevista ao apresentador americano David Letterman, Denzel Washington, que havia contracenado com Gary em "O Livro de Eli", comentou que "Graças a Deus Gary voltou a interpretar vilões", ao falar sobre o filme.
Mas ele não é o único. Uma matéria, da revista Contigo de 22 de março de 2010, comenta que não há motivo para vergonha se você tem medo de Oldman e revela, ainda, que seus colegas de elenco em O Livro de Eli compuseram uma musiquinha, em sua homenagem, chamada "Scary Gary" (Gary Assustador).

Mas, Gary Oldman também é bom em outros assuntos como casamentos (ele já foi casado "algumas vezes" com atrizes famosas ou não), confusões (já foi preso por dirigir bêbado com o amigo Kiefer Sutherland, processado por ex que o acusava de violência doméstica, e outras tantas) e... interpretar personagens boa gente (tudo bem, a gente admite isso também, só porque ele é muito bom sendo mau!!!).



Filho de um soldador (que abandonou a família) e uma empregada doméstica, Gary estudou artes dramáticas na Britain's Rose Brufford Rose Drama College, ganhou prêmios e atuou intensamente nos palcos londrinos. Sua estréia no cinema foi como problemático baixista dos Sex Pistols, Sid Vicious, no filme "Sid e Nancy, o Amor Mata". A partir daí ele não parou mais. Sua carreira foi coroada de grandes sucessos e enormes fracassos (ele mesmo admite que tem pena das árvores cortadas para a confecção do papel onde foi escrito o roteiro de um de seus filmes e, também, que às vezes aceita alguns papéis porque precisa de dinheiro para pagar por mais um divórcio milionário). Sua filmografia é extensa e a lista de personagens inesquecíveis também. Já interpretou homossexuais, vampiros, traficantes, matadores, tiranos, bruxos e... o Diabo em pessoa!

Mas, como o assunto aqui são vilões seguem alguns que merecem ser lembrados:

Drácula (Drácula de Bram Stoker) - um dos vilões favoritos de Gary.
Ivan Korshunov (Força Aérea Um)
Norman Stansfield (O Profissional)
Jean-Baptiste Zorg (O Quinto Elemento)

Carnegie (O Livro de Eli)
Poncio Pilatos (Jesus - A Maior História de Todos os Tempos)
Milton Glenn (Assassinato em Primeiro Grau)
Drexl Spivey (Amor a Queima Roupa)

Pat Keiley (Fallen Angels)
Lee Harvey Oswald (JFK - A Pergunta que Não Quer Calar)
Jack Grimaldi (Sangue de Romeu)
The Devil (no clipe de Since I Don't Have You, com o Guns N' Roses)

Cavaleiros do Apocalipse - Clive Barker

Clive Barker nasceu em 5 de outubro de 1952 em Liverpool, Inglaterra. Escritor, produtor de cinema, pintor e dramaturgo, Barker escreve o que costuma descrever como literatura fantástica e horror. Suas obras se caracterizam pelo erotismo, farta quantidade de sangue, cadáveres, sadomasoquismo e escatologia.

O filme Hellraiser, direção e roteiro de Barker, fez com que o artista se tornasse famoso nos anos 80, reconhecido como um dos nome mais proeminentes da literatura de terror contemporânea.

Hellraiser, inspirado no conto"The Hellbound Heart", apresenta Pinhead, descrito como um personagem sexualmente ambíguo, cuja cabeça é totalmente tatuada com o desenho de uma grade. Sobre cada intersecção dos eixos horizontais e verticais está fixado um pin. A inspiração para o personagem teria partido da moda punk, do catolicismo e de visitas a clube de sadomasoquismo em Nova York e Amsterdam.

Outro personagem marcante criado por Clive Barker é Candyman, no conto "O proibido" publicado em "Livros de Sangue". Candyman é uma aparição sobrenatural que mata as pessoas que disserem seu nome cinco vezes diante do espelho. Ou, numa versão mais precisa, "Candyman é um personagem romântico, um amante sombrio que exige rendição total. Se você ama Candyman, então você morre." Sua história foi adaptada para o cinema em 1992.

As Malvadas confessam: personagens de Clive Barker nos assustam. Por isso, lugar garantido na nossa galeria!

Os caras do Apocalipse cavalgam juntos
Clive Barker é amigo de Neil Gaiman e escreveu a introdução de um dos volumes de Sandman.

Entre os autores que o influenciaram, Barker cita Edgar Allan Poe.

O que Stephen King disse sobre ele
"Eu vi o futuro do Horror... E seu nome é Clive Barker."

Cavaleiros do Apocalipse - Gregory House

Misantropo, cínico, sarcástico, ranzinza, irônico, antipático, solitário, brilhante. Esses são apenas alguns dos adjetivos utilizados para descrever Gregory House (Hugh Laurie), o médico que despreza pacientes, inferniza a equipe, não tem o menor respeito por regras, ainda tem tempo para se intrometer na vida do melhor amigo e, se tudo isso ainda não bastasse, é viciado em Vicodin . Fosse ele um médico comum já teria sido chutado para fora do hospital há tempos. Mas, sua inteligência acima da média e capacidade para desvendar os mais esdrúxulos enigmas da medicina tem garantido seu emprego há seis temporadas.
A diretora do hospital Liza Cuddy (com quem ele vive fazendo um jogo de gato e rato onde a tensão sexual dá o tom), inclusive já chegou a trocar uma quantidade ultrajante de dinheiro, que poderia ser investido em pesquisa, pelo emprego o Dr. House (a condição do investidor para liberar o dinheiro era a demissão do médico estrela).
Mas, se ele é tão irritante, por House vem conquistando prêmios e sendo repetidamente eleita a série mais assistida da TV? A resposta talvez esteja nessa explicação "As pessoas não estão umas do lado do Darth Vader e outras do lado do Luke SkyWalker. Temos os dois dentro de nós. Temos de reconhecer o Darth Vader que está em nós. Only then, can we use the force! É esta a mensagem que Greg House tenta transmitir a toda a gente, a toda a hora. Ninguém a quer ouvir." (trecho extraído do blog Daprosa).*
Por tudo isso e mais um pouco, Gregory House é nosso companheiro perfeito nesse mês dos Médicos.

Confira algumas de suas tiradas clássicas!

"Mentiras são como as crianças: apesar de inconvenientes,o futuro depende delas"
"Ainda é ilegal fazer uma autópsia em uma pessoa viva?"
"Se você fala com Deus, você é religioso. Se Deus fala com você, você é psicótico"
"Eu já atingi a cota mensal de exames inúteis para idiotas teimosos"
"Um viciado em sexo com a língua inchada. Imagine todos os lugares que posso fazer Dr. Foreman procurar!"
Uma freira fala para House: "A Irmã fulana acredita em coisas que não são reais"
House responde: "Pensei que esse fosse uma exigência para sua atividade"
"Preciso ir, o prédio está cheio de pessoas doentes. Se correr, talvez consiga evitá-las"
"Eu não preciso assistir a THE O.C., mas me deixa feliz"
"Eu sou o McCane!" (McBengala, referência aos apelidos com Mc dos médicos de Grey's Anatomy, McDreamy, McSteamy, McVet, etc)
"Leia menos & veja mais TV"
"Como disse o filósofo Jagger uma vez: 'Você não pode ter sempre aquilo que quer'"
"Todo mundo mente."

*Achei a frase interessante porque foi a segunda vez que vi algo do gênero. A outra foi: "o mundo não está dividido entre os bons e os Comensais da Morte", dita por Sirius Black para Harry Potter (se não me engano em "Harry Potter e a Ordem da Fênix" (J. K. Howling)

Cavaleiros do Apocalipse - Ian Brady

Ao lado da namorada Myra Hindley, Ian Brady assombrou a Inglaterra na década de 60. Juntos eles raptaram, torturaram e assassinaram 11 crianças e adolescentes, na cidade de Hattersley. A frieza do casal, que ainda se dava "ao luxo" de fotografar e grávar o áudio de suas vítimas, chocou até os mais antigos investigadores de homícidio locais.

Ian e Myra se conheceram numa indústria química, onde ele era seu supervisor. O interesse dos dois foi mútuo e o sadismo os uniu. Juntos eles frequentavam clubes de tiro e não demorou para a onda de crimes tivesse início. Durante o período em que "aturaram" em parceria, Ian e Myra nunca, sequer, despertaram a desconfiança dos vizinhos.

Entretanto, até o mais frio e inteligente dos assassinos comete erro e o de Ian e Myra foi convidar David Smith, cunhado de Hindley, para participar dos crimes. Ele os ajudou no assassinato de um jovem de 14 anos, preparando o corpo para ser enterrado e limpando os rastros do crime. Entretanto, a dupla não contava que, na manhã seguinte, Smith fosse até a delegacia em companhia de sua esposa e os denunciasse à polícia.

Ian e Myra nunca demonstraram qualquer arrependimento pelo que fizeram e foram condenados a prisão perpétua. Ela, entretanto, afirmava que só havia participado dos crimes porque era torturada por Ian que ameaçava matar sua família. Ela morreu na cadeia, aos 60 anos, depois de tentar sem sucesso a condicional. Ian, foi diagnosticado como doente mental em 1985 e foi tranferido para o Broadmoor Hospital e, depois, para o Ashworth Hospital, em Liverpool. Até hoje ele costuma aparecer nas manchetes dos jornais.

Vale lembrar que, com a morte de John Straffen, que passou 55 anos na cadeia por matar três crianças, Ian Brady passou a ser o prisioneiro mais antigo do sistema prisional da Inglaterra e do país de Gales.

Fonte: Wikipédia

Cavaleiros do Apocalipse - Michael Jackson

O assunto dessa vez é o "Dia das Mães". Mas, como a gente tem certeza que Michael Jackson, se pudesse engravidava (ou não...), nada mais justo que "homenageá-lo" nesse mês. Aliás, esse é um caso típico daqueles onde bem se encaixam o ditado "Deus escreve certo por linhas tortas". Esse ser já tem três filhos (fabricados sabe-se lá como, porque a gente tem certeza que ele não colocou o "instrumento" em nenhum tipo de "buraco feminino") sem poder engravidar, imagina se pudesse? Teríamos uma geração de mutantes circulando por aí (mas quem garante que não são? Afinal, a gente nunca vê a cara das crianças, não é?

Mas, vamos aos fatos.

Famoso pelas peripécias musicais, principalmente na década de 80 e início dos anos 90 já que depois disso ele ensaiou algumas voltas mas nada assim tão espetacular, pelas inúmeras cirurgias plásticas, por quere ser branco a qualquer custo (depois de um tempo falou que sofre de vitiligo, mas ninguém comprou muito a idéia), pelas excentricidades (a gente acha que é esquisitice mesmo, mas...) e pelos processos por abuso sexual, um dia Michael resolveu se casar.

Juntou os trapinhos com ninguém menos que Lisa Marie Presley, a filha do Rei, mas o casamento durou pouco tempo. Em 1996, Michael achou outra doida (ou interesseira?) para se casar: a enfermeira Deborah Rowe, com quem o astro do pop teve dois filhos, Michael Joseph Jackson Jr e Paris Katherine Jackson que, após a separação do casal ficaram com Michael, já que a mãe abriu mão de todos os direitos maternos.

Em 2002 a surpresa: Michael anunciava o nascimento de seu terceiro herdeiro, Prince Michael Jackson II (Blanket), de "mãe desconhecida".

A gente acredita que "tem gente que não basta existir, ainda procria" mas, até aí tudo bem. A questão é como Michael cria seus rebentos. Ele já pendurou Blanket na janela do quarto de um hotel, as crianças andam mascaradas pela rua e sabe-se mais lá o que (a gente ainda acha que são mutantes).

Por essas e por outras, Michael Jackson conquistou seu espaço aqui. A justificativa, na hora da escolha de quem seria o homenageado, foi "Michael Jackson, porque de pai doido, ele é campeão".

Mas, que fique bem claro. Nenhuma de nós encararia Michael num encontro mais íntimo digamos assim. Afinal, a gente preza por nossa sanidade mental.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cavaleiros do Apocalipse - Coringa (Joker, "piadista")




Primeira aparição: Batman 1, 1940.

Criado por Bill Finger e Bob Kane a partir de uma sugestão de Jerry Robinson, Coringa apareceu pela primeira vez em Batman #1 (1940). Sua imagem foi criada a partir de uma foto de Conrad Veidt no filme The Man Who Laughs (1928) trazida pelo roteirista Bill Finger, e uma carta de baralho trazida pelo desenhista Jerry Robinson.

Em sua primeira aparição, em 1940, o Coringa era um ladrão de joalherias, que matava as pessoas no local do assalto. Nos anos 40 e 50 o Coringa sempre aparentava morrer mas nunca recuperavam seu corpo. O personagem se alterou para uma versão mais amena nos anos 60 devido ao Comics Code Authority, que vigiava o conteúdo das histórias em quadradinhos. Voltou a uma versão próxima a original em 1973, quando Dennis O'Neil e Neal Adams criaram um Coringa maníaco homicida obcecado com Batman.

Em 1951, a revista Detective Comics #168 criou uma origem para o vilão. Um bandido apelidado de Capuz Vermelho tenta assaltar uma fábrica e quando Batman e Robin invadem o lugar, o Capuz Vermelho cai acidentalmente num tonel de produtos químicos. É dado como morto, mas 10 anos depois ressurge completamente louco, com pele branca e cabelos verdes. Essa história fora reescrita por Alan Moore em Batman: A Piada Mortal.

Coringa se considera um grande humorista, e usa armas inspiradas em comédia que incluem uma luva com dispositivo elétrico (que dá um choque letal), tortas de cianeto e uma flor que espirra ácido. Sua marca registrada é o "gás do riso", um veneno que leva a vítima a morrer de tanto rir enrijecendo seus músculos e deixando-as com um sorriso no rosto.

Geralmente frágil, nocauteado com um soco, o Coringa, por mais de uma vez, demonstrou a força anormal dos loucos. Neste estado de insanidade, é um combatente hábil, capaz de segurar uma briga contra Batman, e algumas vezes subjugá-lo.

Sarcástico, constrói situações em que as vitimas passam a acreditar que tem parte de culpa por alguma catástrofe, provocada, claro, pelo Coringa. Aliás, essas são as principais características do vilão: insanidade e extrema falta de sentimentos humanos, que questionam incessantemente a sanidade do Homem-Morcego e validade dos sistemas de repressão ao crime e de recuperação dos loucos.

No seriado dos anos 60, Cesar Romero interpretou o Coringa, em uma versão cômica, mas não homicida. Seus planos inusitados incluíam transformar os reservatórios de água de Gotham em gelatina. Romero recusou-se a raspar o bigode para o seriado, sendo parcialmente visível sob a maquiagem branca. O primeiro filme de Batman, em 1966 também teve Romero no papel.

No filme de 1989 dirigido por Tim Burton, Jack Nicholson interpretou o Coringa, com grande aclamação crítica. O filme criou uma identidade, Jack Napier, colaborador do chefe da Máfia de Gotham, Carl Grissom.

Já em Batman Begins, o comissário Gordon entrega a Batman uma carta deixada por um bandido - um Coringa.

O Cavaleiro das Trevas introduz uma nova versão do personagem, interpretada por Heath Ledger. Este novo Coringa possui um visual realista, mais psicótico e sombrio, com a pele maquiada e cabelos tingidos, e um sorriso construído com cicatrizes. Sua personalidade é psicopática e mais agressiva, baseada principalmente em Sid Vicious e Laranja Mecânica.


CURIOSIDADE

A graphic novel Joker saiu nos EUA no final de 2008. Com roteiros de Brian Azzarello (100 Balas) e desenhos de Lee Bermejo, é o primeiro grande trabalho com o arqui-inimigo de Batman após a consagração do Coringa em Cavaleiro das Trevas.

E, para os leitores brasileiros, uma surpresa interessante: em um quadro da página 118 da graphic novel, o Coringa está apontando seu revólver, com cara de sádico para seu assecla Jonny Frost.

A cena é idêntica a uma das imagens mais contundentes do filme brasileiro Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, na qual Zé Pequeno - ainda Dadinho - comete um de seus primeiros crimes. Compare.

Para saber mais:
Batman: Piada Mortal
Asilo Arkham
Dia das Bruxas, Jeph Loeb e Tim Sale
O Longo dia das Bruxas, Jeph Loeb e Tim Sale
Vitória Sombria, Jeph Loeb e Tim Sale
www.omelete.com.br






Cavaleiros do Apocalipse - Jack - O Estripador

Personagens estranhos, misteriosos e, muitas vezes beirando à loucura, povoam a história da Inglaterra. Seja no imaginário popular ou na vida real. Mas, nenhum deles causou tanto terror ou gerou tanto suspense quanto Jack, o Estripador.

Jack foi um assassino que aterrorizou Londres em 1888. Ele agia no bairro de Whitechappel e suas vítimas eram prostitutas (ou supostas prostitutas). Até aí, nada de muito diferente de outros serial killers anteriores ou posteriores a ele. O que tornou Jack realmente famoso e lendário, foi o fato de que ele nunca foi identificado. As especulações foram muitas e dentre os inúmeros suspeitos figuraram nomes famosos (confira a lista abaixo) mas, até hoje, a verdadeira identidade de Jack, o Estripador, é um mistério.

Seu pseudônimo foi retirado de uma carta, supostamente enviada por ele e publicada nos jornais da época, seus crimes eram violentos (ele cortava a garganta das vítimas e mutilava os cadáveres) e praticados em locais públicos. Os jornais cobriram a história de perto e divulgavam amplamente os feitos de Jack mas, nem assim, chegou-se a um conclusão sobre o verdadeiro culpado. Pode-se dizer que se alguém cometeu o crime perfeito, esse alguém foi Jack, o Estripador. Aliás, não um, mas cinco crimes. Se bem que, como o assassino verdadeiro nunca foi identificado, essa lista pode ser maior ou menor, ou seja, também é impossível afirmar com certeza quantas pessoas foram assassinadas por ele.

Curiosidades

Vítimas

  • Mary Ann Nichols: morta em 31 de agosto de 1888, seu corpo foi descoberto aproximadamente às 3:40 da madrugada no terreno em frente à entrada de um estábulo em Buck's Row (hoje Durward Street).
  • Annie Chapman: morta em 8 de setembro de 1888, seu corpo foi descoberto aproximadamente às 6:00 da manhã no quintal de uma casa em Hanbury Street, Spitafields.Elizabeth Stride: morta em 30 de setembro de 1888, seu corpo foi descoberto perto da 1:00 da madrugada, no chão da Dutfield's Yard, na Berner Street (hoje Henriques Street), em Whitechapel. 
  • Catherine Eddowes: morta em 30 de setembro de 1888, no mesmo dia da vítima anterior, seu corpo foi encontrado na Mitre Square, na Cidade de Londres.
  • Mary Jane Kelly: morta em 9 de novembro de 1888, seu corpo terrivelmente mutilado, foi descoberto pouco depois das 10:45 da manhã, deitado na cama do quarto onde ela vivia na Dorset Street, em Spitalfields.
As Cartas

A polícia e os jornais receberam várias cartas, durante o período dos eventos, daquele que dizia ser Jack, o Estripador. No entanto, muitas são conhecidamente falsas e alguns especialistas dizem que, na verdade, nenhuma delas foi escrita pelo assassino. Entretanto, algumas se destacam. São elas:

Carta ao “Caro Chefe”: datada de 25 de setembro e recebida pela Agência Central de Notícias, foi encaminhada à Scotland Yard em 29 de setembro. Inicialmente foi considerada uma farsa, mas quando o corpo de Eddowes foi encontrado com um ferimento na orelha, a promessa da carta de “arrancar as orelhas das senhoritas” ganhou notoriedade. A polícia publicou-a em 1 de outubro esperando que alguém reconhecesse a caligrafia, não obtendo resultados. O nome “Jack o Estripador” foi usado pela primeira vez nesta mensagem, tornando-se conhecido mundialmente depois de sua publicação. A maioria das cartas seguintes copiavam o tom desta. Após o fim dos assassinatos, os oficiais de polícia afirmaram que a carta era uma falsificação feita por um jornalista local.

Cartão-postal do “Insolente Jack”: recebido em 1 de outubro de 1888 pela Agência Central de Notícias, tinha um estilo similiar à carta “Caro Chefe”. Ele menciona que duas das vítimas – Stride e Eddowes – foram assassinadas num intervalo de poucas horas: “evento duplo desta vez”. Foi discutido que a carta teria sido mandada antes da divulgação dos assassinatos, fazendo pouco provável a hipótese de que um farsante teria tais conhecimentos do crime (embora ela tenha sido carimbada pelo correio mais de 24 horas depois do ocorrido, bem depois de os detalhes já serem conhecidos pelos jornalistas e moradores da área). Os oficiais de polícia afirmaram depois ter identificado o jornalista que foi o autor tanto desta quanto da carta anterior.

Carta “Do Inferno”:
recebida por George Lusk, do Comitê de Vigilância de Whitechapel, em 16 de outubro de 1888. Lusk abriu uma pequena caixa e encontrou a metade de um rim humano, mais tarde confirmado por um médico como tendo sido conservado nos “espíritos do vinho” (álcool etílico). Um dos rins de Eddowes fora retirado pelo assassino, e um médico afirmou que o órgão mandado para Lusk era “bastante similar àquele removido de Catherine Eddowes”, embora suas descobertas tenham sido inconclusivas. O autor da carta afirmava ter “fritado e comido” a metade ausente do rim.

Suspeitos
A lista de suspeitos é grande (inclui até um príncipe e outros nomes ligados à família real) e continuou a crescer mesmo muito tempo após o final dos assassinatos. Confira a lista segundo a Wikipédia!

Montague John Druitt (1857-1888) - De origem burguesa, extremamente inteligente, obteve uma bolsa de estudos no Winchester College e, depois, em Oxford. Era um estudante brilhante, popular entre os colegas, praticava remo e críquete. Em 1880, Druitt se forma, mas sua vida começa a ficar complicada. Ele inicia o curso de Direito, mas abandona a escola. Entra para a faculdade de Medicina, desiste do curso e retoma o de Direito. Trabalha numa escola para sobreviver. Em 1888, é despedido. Druitt sentia que estava ficando louco como a mãe, internada para sempre num hospital psiquiátrico. Druitt foi visto pela última vez em 3 de dezembro de 1888, e seu corpo foi resgatado do Tâmisa, próximo a Londres, no dia 31. Os bolsos estavam cheios de pedras. A morte de Druitt coincide com o fim da onda de crimes, mas o fato de que jogava críquete em Blackheath na manhã da descoberta dos corpos de Mary Chapman e de Polly Nichols seria suficiente para inocentá-lo. Em março de 1889, os policiais garantem a um membro do comitê de vigilância que reclama da redução das rondas, que Jack, o Estripador, estava morto. Segundo a polícia, o fato não fora divulgado para poupar a mãe do criminoso, que estava internada.

Seweryn Klosowski - Conhecido também como George Chapman e de origem polonesa, era proprietário de um salão de cabeleireiros a alguns metros do local onde Martha Tabram foi assassinada. Klosowski é parecido com o homem visto com Mary Kelly. Além disso, algumas das cartas assinadas por Jack, o Estripador, contêm expressões idiomáticas americanas, e Klosowski morou durante dois anos nos Estados Unidos. Agressivo, vivia em Londres na época e provavelmente tinha conhecimentos médicos. Era um dos principais suspeitos do Inspetor Frederick Abberline. Acaba enforcado em 1903, condenado pelo envenenamento de três de suas amantes. As suspeitas sobre ele diminuem, pois não é comum um assassino variar tanto seu modus operandi.

Aaron Kosminski (1865-1919) - Nasceu na Rússia em 1865, Foi apontado por várias testemunhas por sua semelhança com as descrições feitas na época, porém nenhuma conseguiu confirmar quando fora colocada frente a frente com Kosminski. Kosminski encontra-se também com características de perfil assassino feitas por John Douglas e Robert Ressler, como falta de um emprego fixo e a morte do pai quando tinha apenas 8 anos.

Michael Ostrog (1833-1904) - As suspeitas atingem um certo Michael Ostrog - que seria Konovalov - um médico considerado louco, que conseguiu se livrar de várias condenações. Ostrog tem a reputação de bater em mulheres e de nunca se separar de seus instrumentos cirúrgicos. Um homem com as características de Ostrog foi assassinado num asilo para loucos, logo após a morte de uma mulher em Petrogrado. Por coincidência, essa mulher foi morta após a volta de Konovalov à Rússia. Provavelmente tenha morrido em 1904 mas esta data é considerada incerta.

John Pizer - Um judeu polonês que trabalhava como sapateiro em Whitechapel. Depois dos dois primeiros assassinatos, o sargento de polícia William Thick intimou Pizer a depor. Thick aparentemente acreditava que Pizer era o homem conhecido como "Leather Apron", notório por cometer agressões contra prostitutas. No princípio dos crimes de Whitechapel muitos moradores locais suspeitavam que "Leather Apron" era o assassino. Pizer deixou de ser suspeito quando foi descoberto que durante um dos assassinatos ele estava na compania de um oficial de polícia enquanto ambos assistiam a um incêndio nas docas de Londres. Pizer alegou que Thick o conhecia há vários anos, e que sua prisão foi baseada em animosidade e não em evidências.

Dr. Francis Tumblety (1833-1903) - Outro médico suspeito teria sido o americano Francis Tumblety, que visitava Londres freqüentemente, odiava mulheres e costumava colecionar órgãos humanos, como úteros. Foi preso em Londres no dia 7 de Novembro de 1888 acusado de "atos indecentes" (aparentemente por práticas homossexuais), mas no dia 24 conseguiu fugir para a França.
• Tumblety foi citado como sendo suspeito pelo então ex-Inspetor Chefe John George Littlechild da Polícia Metropolitana em uma carta ao jornalista e escritor George R. Sims datada de 23 de setembro de 1913.

William Henry Bury (1859-1889) - Tendo se mudado recentemente da Escócia para Londres, ele estrangulou sua esposa Ellen Elliot, uma ex-prostituta, em 5 de fevereiro de 1889, inflingindo cortes profundos em seu abdômem depois de ela já estar morta, a "encaixotando" em uma caixa de madeira a qual ele passou a usar como mesa de dominó. Bury seguiu sua vida normalmente por quase uma semana, antes de comunicar o crime à polícia em 10 de fevereiro. Bury foi enforcado pouco depois em Dundee, após confessar o assassinato de sua esposa. Seria o último enforcamento a ser realizado na cidade.

Dr. Thomas Neil Cream (1850-1892) - O doutor Neil Cream envenenou quatro prostitutas com estricnina, e ficou conhecido como o "Envenenador de Lambeth". Por esses crimes, é enforcado em 1892. No cadafalso, suas últimas palavras para o carrasco são: "Eu sou Jack, ...". Contudo, no momento dos assassinatos, Cream estava preso em Illinois, nos Estados Unidos. Absolvido pela Justiça norte-americana em julho de 1891, estava na Grã-Bretanha desde setembro. A situação complica-se quando Cream envolve no caso um sósia dele. De fato, anteriormente, para se defender num processo de bigamia, ele afirma que, na época dos crimes, estava detido em Sydney, na Austrália. O diretor da prisão confirma que um homem com as características de Cream esteve preso na instituição, o que basta para esclarecer as dúvidas. Obviamente, dois homens serviram-se mutuamente de álibis, e as derradeiras palavras de Cream ao carrasco teriam sido uma última demonstração de generosidade ao seu cúmplice.

Frederick Bailey Deeming (1842-1892) - Marinheiro que vivia em Sidney, Austrália, é preso na Inglaterra e declarado culpado em 15 de dezembro de 1887 de acusações de fraude. Passa quatorze dias na cadeia, fugindo para Cape Town, África do Sul. Não há registro de seu paradeiro entre março de 1888 e outubro de 1889 (época dos crimes). Em 11 de agosto de 1891 matou a esposa e os filhos enquanto eles dormiam cortando suas gargantas. Casou-se novamente no mesmo ano, assassinando sua nova esposa em 15 de dezembro de 1891 e a enterrando sob a casa que o casal alugara em Victoria, Austrália. É preso em 11 de março de 1892, julgado e sentenciado à forca.

Carl Feigenbaum - Preso em Nova York em 1884 por cortar a garganta de uma mulher. Depois de sua execução seu advogado alegou que Feigenbaum havia confessado seu ódio por mulheres e o desejo de matá-las e as mutilar. O advogado foi além, dizendo acreditar que Feigenbaum era Jack o Estripador. Esta teoria ganhou alguma atenção da imprensa na época, mas foi rebatida pelo sócio do advogado, e a tese não foi para lugar algum por mais de um século. O escritor Trevor Marriott, ex-detetive do departamento de homicídios da polícia britânica, afirma na segunda edição de seu livro Jack The Ripper - The 21st Century Investigation, que Feigenbaum estava em Whitechapel na época dos assassinatos de Jack e que também foi responsável por crimes semelhantes nos Estados Unidos e Alemanha entre 1891 e 1894.

Robert Donston Stephenson (1841-1916) - Também conhecido como Roslyn D'Onston, era um jornalista e escritor conhecido por seu interesse em ocultismo e magia negra. Entrou como paciente no hospital Whitechapel pouco antes dos assassinatos começarem, saiu assim que terminaram. Tinha um interesse extremo pelos assassinatos, isso acabou levantando suspeitas sobre ele, porém o fato de não ter um histórico violento com mulheres acabou denotando incompatibilidade com um perfil assassino. Pode ter sido também um dos autores das cartas enviadas para os Jornais.

• Joseph Barnett (1858-1926) - Amante de Mary Jane Kelly de 8 de abril de 1887 a 30 de outubro de 1888, quando brigaram e se separaram. Ele a visitou dias depois, supostamente para tentar fazer as pazes. Há suspeitas de que ele tenha sido rejeitado. Incluído na lista de suspeitos por ter sido desprezado por Kelly, embora alguns atribuam a ele os demais crimes. Seus depoimentos sobre o que Kelly disse a ele sobre sua vida constituem a principal fonte de informações sobre ela. A validade de suas declarações também foram colocadas sob suspeita.

Lewis Carroll (Charles Lutwidge Dodgson - 1832-1898) - escritor e matemático inglês do século XIX. Escreveu “Alice no País das Maravilhas”; indicado como suspeito por base em anagramas que o escritor Richard Wallace inventou para seu livro Jack the Ripper, Light-Hearted Friend, que em geral não é levado a sério por outros estudiosos.

David Cohen - Um judeu polonês cujo encarceramento no asilo de Colney Hatch coincidiu com o término dos assassinatos. Descrito como violentamente anti-social, o morador pobre de East End foi sugerido como suspeito pelo escritor Martin Fido em seu livro The Crimes, Detection and Death of Jack the Ripper de 1987.

William Withey Gull (1816-1890) - Médico da Rainha Vitória. Foi considerado um dos suspeitos como parte da evolução da teoria da conspiração envolvendo a Família Real. Graças à popularidade desta teoria entre escritores, e por sua natureza dramática, Gull aparece como o Estripador em vários livros e filmes.

George Hutchinson - George Hutchinson era homem que foi visto saindo do quarto de Kelly na noite de seu assassinato, sua descrição era excepcionalmente detalhada - detalhes em demasia, algumas acreditam. A polícia naquele tempo interrogou-o várias vezes mas acabaram não o mantendo como um suspeito, existem até os que acreditam que as descrições feitas na época eram apenas para confundir ainda mais a polícia.

James Kelly - Era um esquizofrênico diagnosticado mas escapou do internato em 1888. Tinha-se mostrado capaz de assassinar com uma faca. Suas razões para assassinar sua esposa eram de que era uma prostituta e infectada. Seus movimentos depois que saiu de Broadmoor não podem ser verificados. Não há nenhuma prova que estava em Londres em 1888. Não há também nenhum outro assassinato que podem ser associado a ele por seus movimentos até 1927 quando aparentemente morreu de causas naturais.

James Maybrick (1838-1889) - Comerciante de Algodão em Liverpool, Envenenou a esposa e ficou preso por diversos anos quando acabou solto, em 1990 foi publicado o seu diário pessoal onde afirmaria ser ele o Estripador, porém nunca foi provado a autenticidade das publicações.

Alexander Pedachenko - Dizia ser um médico russo mandado como agente da Polícia Secreta da Rússia Imperial, a Okhranka, para cometer os crimes com o propósito de desacreditar as autoridades inglesas. Além de não haver evidências de que ele tenha cometido os crimes, não há nem mesmo provas de que Pedachenko existiu.

Walter Sickert (1860-1942) - Um artista alemão de ascendência holandesa e dinamarquesa. Originalmente citado como parte das diversas teorias conspiratórias envolvendo a família Real e então apontado como sendo o próprio Estripador pelos escritor Jean Overton Fuller e Patricia Cornwell. Sickert não é considerado um suspeito importante pela maioria dos estudiosos, e várias evidências mostram que ele estava na França na época dos assassinatos.

Joseph Silver - Em 2007 o historiador sul-africano Charles van Onselen afirmou, no livro The Fox and The Flies: The World of Joseph Silver, Racketeer and Psychopath, que Joseph Silver, um judeu polonês, era Jack o Estripador. Os críticos observaram que, entre outras coisas, Onselen nem mesmo prova que Silver estava em Londres na época dos assassinatos, e que a acusação não passa de especulação. Onselen respondeu dizendo que as circunstâncias envolvidas deveriam fazer de Silver um suspeito.

James Kenneth Stephen (1859-1892) - Era conhecido como lunático e também tinha conexões com o Príncipe Albert, outro suspeito. Sofreu problemas físicos e mentais sérios após um acidente em 1886/1887, seus poemas tinham conteúdo mórbido mas não há nada que indique que tenha tido experiências como um assassino.

Francis Thompson (1859-1907) - Era poeta, católico e visto por muitos como um fanático religioso.

Príncipe Alberto Victor - Foi indicado em vários livros ou como o próprio assassino ou como o mandante dos crimes, parte de um complô real para encobrir supostos erros da monarquia. Essas teorias foram descartadas por vários historiadores e pela maioria dos especialistas nos assassinatos do Estripador.

Sir John Williams - Amigo da Rainha Vitória e obstetra de sua filha, a Princesa Beatrice, foi acusado em um livro de 2005, Uncle Jack, escrito por um de seus descendentes, Tony Williams, em parceria com Humphrey Price. O autor afirma ter registros que mostram que todas as vítimas conheciam o médico pessoalmente, e discute que todas foram mortas e mutiladas numa tentativa de se descobrir as causas da infertilidade.


Cavaloerios do Apocalipse - Walter Fane (O Despertar de uma Paixão)

Walter Fane é traído por sua esposa pouco tempo após o casamento. Circunspecto, dedicado a seus estudos de bacteriologia, não era um amante ardoroso ou um homem especialmente atraente. Era uma marido apaixonado, porém, cujo amor converte-se em ira mordaz e terrível ao saber-se traído.

Fane descobre que sua esposa, Kitty, recebe o amante, um funcionário da Embaixada Inglesa em Xangai, em sua própria casa e confronta-a com a seguinte proposta: ou ela o acompanha a uma região no interior da China, atacada pelo Cólera, ou ele pede o divórcio, acusando-a de adultério.

A partir dessa discussão, Kitty terá sucessivas demonstrações do desprezo sarcástico do marido. Arrastá-la por duas semanas pelas estradas chinesas do início do século XX; confiná-la em uma casa sem qualquer conforto, sob o risco do Cólera; obrigá-la a defrontar-se com o próprio "egoísmo mimado", sem dedicar-lhe sequer um olhar são algumas das estratégias do amor desprezado de Walter.

O ódio de Fane evidencia a intensidade de sentimentos que ocultava sob a fleuma britânica e Kitty apaixona-se pelo marido, que abandona sua vingança. Afinal, a maldade é feminina e um homem não perseveraria nela até a destruição do ser amado.

Walter Fane é interpretado por Edward Norton no filme "Despertar de uma paixão", adaptação do romance "O véu pintado", de W.Sormerset Maugham.

ASSISTA:
Despertar de uma paixão, com Edward Norton e Naomi Watts.

Curiosidade:

W.Somerset Maugham, escritor inglês que viveu de 1874 a 1965, é autor de "Servidão humana", romance de traços autobiográficos, em que o amor também se torna destrutivo.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Cavaleiros do Apocalipse - Sandman, o Senhor dos Sonhos


“Os sonhos importam.
Os sonhos sempre importam”.

Dizem que Sandman vive em seu Castelo, no Sonhar. Outros preferem acreditar que ele mora nos EUA e atende pelo nome humano de Neil Gaiman. Mas, esse pode não ser seu nome verdadeiro.

Teoricamente, Gaiman teria nascido em 10 de novembro de 1960, na Inglaterra. Fontes mais confiáveis dão conta, no entanto, de que esta é apenas uma da muitas faces assumidas pelo mais melancólico dos Perpétuos*.

Sempre vestidos de preto, Gaiman-Sandman criam ilusões de elevada complexidade e inteligência para distrair, repousar e confundir as mentes humanas, conduzindo-as ao Mundo dos Sonhos.

O Sonhar é seu lugar de poder, onde nem mesmo um demônio pode vencê-los. O que esperar de quem venceu Lúcifer nos próprios domínios do Inferno? Ou de quem criou essa história?

Não importa saber onde acaba Neil Gaiman ou onde começa Sandman: importa que conhecê-los é superar a fronteira entre estar acordado e sonhar. E a partir de então, quem pode garantir que o mundo não é apenas um sonho moldado para nos distrair?**

Para Saber mais

Série Sandman, edição de luxo em 10 volumes.
http://www.neilgaiman.com/
http://www.lojaconrad.com.br
http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=510

* A família de Sonho é formada por Destino, Morte, as gêmeas Desejo e Desespero, Destruição e Delírio.

** Este texto procurou seguir o estilo das apresentações elaboradas pelo próprio Neil Gaiman na coleção Sandman.

Quer saber por que um roteirista de quadrinhos é considerado um Cavaleiro do Apocalipse? Esta colunista tornou-se uma viciada após ler Sandman. Por não ter outro assunto, perdeu todos os amigos. Não conseguiu dedicar-se aos estudos nem ao trabalho por dias. Gastou todo o seu pagamento comprando os volumes da série. Atacou duas crianças quando procurava obsessivamente por números esgotados. Atualmente vive uma crise de abstinência moderada, controlada pela esperança de encontrar Neil Gaiman quando for à Inglaterra.