terça-feira, 16 de julho de 2013

Cavaleiros do Apocalipse - Sandman, o Senhor dos Sonhos


“Os sonhos importam.
Os sonhos sempre importam”.

Dizem que Sandman vive em seu Castelo, no Sonhar. Outros preferem acreditar que ele mora nos EUA e atende pelo nome humano de Neil Gaiman. Mas, esse pode não ser seu nome verdadeiro.

Teoricamente, Gaiman teria nascido em 10 de novembro de 1960, na Inglaterra. Fontes mais confiáveis dão conta, no entanto, de que esta é apenas uma da muitas faces assumidas pelo mais melancólico dos Perpétuos*.

Sempre vestidos de preto, Gaiman-Sandman criam ilusões de elevada complexidade e inteligência para distrair, repousar e confundir as mentes humanas, conduzindo-as ao Mundo dos Sonhos.

O Sonhar é seu lugar de poder, onde nem mesmo um demônio pode vencê-los. O que esperar de quem venceu Lúcifer nos próprios domínios do Inferno? Ou de quem criou essa história?

Não importa saber onde acaba Neil Gaiman ou onde começa Sandman: importa que conhecê-los é superar a fronteira entre estar acordado e sonhar. E a partir de então, quem pode garantir que o mundo não é apenas um sonho moldado para nos distrair?**

Para Saber mais

Série Sandman, edição de luxo em 10 volumes.
http://www.neilgaiman.com/
http://www.lojaconrad.com.br
http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=510

* A família de Sonho é formada por Destino, Morte, as gêmeas Desejo e Desespero, Destruição e Delírio.

** Este texto procurou seguir o estilo das apresentações elaboradas pelo próprio Neil Gaiman na coleção Sandman.

Quer saber por que um roteirista de quadrinhos é considerado um Cavaleiro do Apocalipse? Esta colunista tornou-se uma viciada após ler Sandman. Por não ter outro assunto, perdeu todos os amigos. Não conseguiu dedicar-se aos estudos nem ao trabalho por dias. Gastou todo o seu pagamento comprando os volumes da série. Atacou duas crianças quando procurava obsessivamente por números esgotados. Atualmente vive uma crise de abstinência moderada, controlada pela esperança de encontrar Neil Gaiman quando for à Inglaterra.


Cavaleiros do Apocalipse - Lord Voldemort (Harry Potter)

 “Aquele-que-não-deve-ser-nomeado”, “Você-sabe-quem” e Lord Voldemort são as alcunhas do Cavaleiro do Apocalipse deste mês.

Por não querer carregar para sempre o nome de seu pai “trouxa”*, Tom Servolo Riddle assumiu outro nome e tornou-se o bruxo mais temido da saga de Harry Potter, escrita por J.K.Rowling.

Tom Riddle ingressou na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts após uma infância infeliz num orfanato para “trouxas”. Apesar de distante do mundo mágico, já conhecia seus poderes e fazia uso dos mesmos para intimidar colegas.**

"Sei fazer as coisas se mexerem sem tocar nelas. Sei fazer os bichos me obedecerem sem treinamento. Sei fazer coisas ruins acontecerem a quem me aborrece. Sei fazer as pessoas sentirem dor, se quiser.” Tom Riddle

Bonito e brilhante, capaz de conquistar colegas de escola e professores, Riddle foi monitor, monitor-chefe, conquistou uma medalha de Mérito em Magia e um prêmio especial por serviços prestados a Hogwarts, quando incriminou Hagrid pela abertura da Câmara Secreta, provocando a expulsão do mesmo.

Existem poucos registros do jovem Tom Riddle, após sair da escola.

Seus professores esperavam que Tom escolhesse uma profissão glamurosa e foram surpreendidos quando o aluno talentoso foi trabalhar na Borgin & Burkes, uma loja de objetos das trevas.

Poucos souberam que anteriormente Riddle se candidatara e fora recusado para o cargo de Professor de Defesa contra as Artes das Trevas em Hogwarts.

Dez anos depois de deixar a escola, Tom Riddle tentou novamente ser professor em Hogwarts, sendo mais uma vez recusado, agora por Alvo Dumbledore, que sempre se mostrara reticente em relação ao jovem que descobrira.

Nessa época, Riddle já se fizera conhecido como Lord Voldemort, reunira um grupo de seguidores – os Comensais da Morte, seus feitos alcançavam fama e sua aparência se aproximava das feições ofídicas que Potter conheceria:

“...ele deixara se ser o bonito Tom Riddle. Era como se suas feições tivessem queimado e embaçado; estavam macilentas e estranhamente distorcidas, e o branco dos olhos parecia estar permanentemente injetado, embora as pupilas ainda não fossem as fendas que Harry sabia que viriam a ser. Ele trajava uma longa capa preta, e seu rosto estava branco como a neve que brilhava em seus ombros.” ***

No cinema, Riddle adulto é interpretado por Ralph Fiennes, ator que já viveu vários personagens perturbados, como Francis Dolarhyde, de Dragão Vermelho e Heathcliff, na versão de “O morro dos ventos uivantes” de 1992. Sem dúvida, um intérprete à altura da personalidade perversa de Lord Voldemort, como Riddle exigia ser chamado.

Curiosidades

Mortes provocadas por Riddle:

  • Murta-que-Geme. Riddle abriu a Câmara Secreta e ordenou ao Basilisco que atacasse os alunos trouxas, causando a morte da garota.
  • Seu pai, Tom Riddle, e seus avós trouxas. Plantou falsas lembranças na memória de seu tio Morfino, atribuindo-lhe esses crimes.
  • Hepzibá Smith, atribuindo o crime à elfo doméstica Hóquei.
  • Lílian e Tiago Potter.
  • Prof. Quirrell. Lord Voldemort compartilhou do corpo do professor por cerca de um ano e deixou-o à morte quando foi descoberto.
  • Bertha Jorkins, funcionária do Ministério da Magia que o informou sobre a realização do Torneio Tribuxo em Hogwarts e que Bartolomeu Crouch Jr. Ainda estava vivo.
  • Franco Bryce, jardineiro dos Riddle.
  • Cedrico Diggory.
Em “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, sétimo livro da série, Riddle será responsável por outras mortes, inclusive de personagens-chave da trama.

SAIBA MAIS:

Harry Potter e a Pedra Filosofal
Harry Potter e a Câmara Secreta
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Harry Potter e o Cálice de Fogo
Harry Potter e a Ordem da Fênix
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Harry Potter e as Relíquias da Morte

* Como são chamados os não-bruxos na série Harry Potter.
** Harry Potter e o Enigma do Príncipe, p.213.
*** Harry Potter e o Enigma do Príncipe, p.346.

Obs.: A frase: "Não existe bem ou mal...Somente o poder e aqueles que são fracos demais para procurá-lo", que está em Nossas Frases é de Lord Voldemort e está no primeiro livro da série. (citada no confronto entre Harry e Quirrel/Voldemort)

Cavaleiros do Apocalipse - Jean-Baptiste Grenouille (O Perfume - História de um Assassino)





 "No século XVIII viveu na França um homem que pertence à galeria das mais geniais e detestáveis figuras daquele século nada pobre em figuras geniais e detestáveis. (...) Ele se chamava Jean-Baptiste Grenouille e se, ao contrário dos nomes de outros geniais monstros como, digamos, Sade, Sain-Just, Fouché, Bnoaparte etc., eu nome caiu hoje no esquecimento, isto certamente não ocorreu porque Grenouille tenha ficado atrás desses homens das trevas mais famosos em termos de arrogância, desprezo à raça humana, imoralidade, ou seja, em impiedade..."

Assim Patrick Süskind dá início à narrativa da história de Jean-Baptiste Grenouille, um rapaz que nasceu em meio à sujeira e aos péssimos odores característicos dos mercados de peixe do Século XVIII (aliás, sujeira e odores típicos da maioria das cidades daquele tempo). As péssimas condições que cercaram seu nascimento poderiam ter ceifado sua vida logo no início. Entretanto, Grenouille sobreviveu.

Logo após dar à luz, sua mãe o abandonou em meio a sujeira e logo a seguir foi enforcada em praça pública pelo que havia feito com o filho. Essa, seria, a primeira de várias mortes femininas ligadas ao rapaz.

Grenouille foi criado num orfanato e vendido ao dono de um curtume. Ainda criança, percebeu que possuia um olfato apuradíssimo, capaz de distingüir qualquer cheiro. Um dia, entretanto, ele descobre que seu corpo não exala nenhum odor.

Até que um dia, uma jovem, desperta seus mais pérfidos instintos. O cheiro que seu corpo e seu cabelo exalam, embriagam Grenouille que, na ânsia de tentar guardar na memória aquele perfume, acaba matando-a.

A partir daí, tem inicio uma busca desenfreada pelo perfume perfeito. Aquele que, segundo ele, seria conseguido ao se misturar "essência de virgens".

Grenouille torna-se aprendiz de perfumista, aprende técnicas, percorre enormes distâncias em busca de seu "sonho perfumado".

Entretanto, para isso, eles precisaria da essência de 13 jovens, que acabam mortas para que ele possa extraí-las. O fim de Grenouille, assim como o fim de vários outros "gênios loucos", é dantesco e supreendente. Mas não nos cabe aqui contar e acabar com a surpresa de quem lê o livro ou assiste ao filme.

O Perfume, foi lançado na Alemanha, na década de 80 e durante muito tempo figurou na relação dos mais lidos do pais. O filme, lançado em vídeo recentemente, faz um retrato quase file do trabalho de Patrick Süskind, eliminando algumas passagens da vida de Grenouille (que, diga-se de passagem, parecem saídas de alguma história absolutamente fantástica).

Por seu feito, Jean-Baptiste Grenouille conquistou seu lugar aqui no Malvadas. Afinal, para mulheres que, como nós, atropelam virgens, nada melhor que um Cavaleiro do Apocalipse que possa fazer o serviço em nosso lugar!




Cavaleiros do Apocalipse - Genghis Khan

Nascido Temudjin, nas estepes mongóis, durante o século XII, Genghis Khan tornou-se o maior conquistador militar da história. Naquele tempo, a Mongólia estava dividida em vários clãs e tribos que eram governadas por cãs, ou "senhores", que conquistavam essa posição, muito mais pela força do que pela descendência.

Seu pai morreu, quando Temudjin tinha nove anos e, em seguida, sua família foi expulsa do clã a que pertencia. Entretanto, com ajuda de cãs solidários, acredita-se que logo recuperaram sua fortuna.

Como era costume entre os mongóis, Genghis foi treinado como arqueiro, desde muito jovem e, quando conseguiu estabelecer liderança entre clãs amistosos, empreendeu uma guerra contra a tribo Merkit, que teria raptado sua noiva Boert (com quem ele viveu até o fim da vida). Nessa ocasião, ele já era respeitado e, como de costume, foi nomeado líder de várias tribos.

Temudjin formou um exército respeitável e, pouco a pouco, foi eliminando seus inimigos e conquistando tribos rivais.

Foi assim que, com 45 anos, ele foi nomeado Genghis Khan, ou seja, o Cã dos Cãs. Ele estabeleceu um sistema de governo, impôs ordem aos nômades, criou uma hierarquia administrativa e militar e organizou um poderoso, disciplinado, temido e impiedoso exército.

Suas táticas de guerra eram revolucionárias e ele tornou obrigatório o treinamento em arco e flecha, sendo que os cavaleiros eram treinados para atirar com o cavalo em movimento o que os obrigava, para obter maior precisão, a disparar quando o cavalo estivesse com as quatro patas no ar.

A necessidade de expandir os territórios mongóis para conseguir mais pastagens, levaram Genghis até a China onde nem mesmo a grande Muralha conseguiu detê-lo.

Entretanto, a fúria e a vingança o levaram à Pérsia após um incidente. Um de seus generais, enviado à Pérsia em missão diplomática foi assassinado e sua cabeça, entregue a Genghis por um mensageiro.

Khan liderou mais de 200 mil homens que invadiram o território persa, conquistando uma a uma as cidades sendo que algumas delas, como Nichapur, foram totalmente dizimadas (dizem que não restaram nem animais vivos). Mais de um milhão de persas foram mortos por seu exército. Além disso, as punições impostas aos inimigos eram brutais.

A proximidade da Pérsia com a Europa espalhou a fama de sanguinário de Genghis Khan e dos mongóis que, durante muito tempo, assustava a população da região.

Genghis Khan morreu vitimado por uma febre muito alta, por volta de 1227.

Cavaleiros do Apocalipse - Hannibal Lecter

 Hannibal Lecter é daqueles vilões tão carismáticos que apesar de toda a maldade, conquistam muito mais fãs que muitos "mocinhos".

Sua insteligência, astúcia e educação envolvem tanto vítimas como espectadores. Impossível ficar imune a sua presença e, por isso, perfeitamente compreensível que tenha feito tantas vítimas entre policiais e civis "indefesos".

Quem via o renomado psiquiatra Hannibal Lecter circulando entre os membros da alta sociedade, oferecendo jantares requintados não imaginava o perigo que corria ao fazer parte do seu círculo de amizades.

Hannibal ajudava a polícia a desvendar as mentes dos piores criminosos, era exímio conhecedor de artes em geral e colaborava com a orquestra local. Nas suas horas vagas, entreanto, dedicava-se a "caçar" e "devorar" suas vítimas.

Ao ser descoberto e preso pelo agente do FBI Will Graham, a carreira de Lecter parecia chegar ao fim. Mas, quem seria capaz de duvidar que, ainda dentro da prisão, ele fosse capaz de fazer suas vítimas?

Dragão Vermelho, primeiro filme a mostrar o personagem, conta de um serial killer apelidado de "Fada do Dente" que vem atormentando a polícia americana.

Para capturá-lo, o FBI recorre ao agente Graham, que tinha deixado a polícia após prender Hannibal (e quase ser morto por ele).

Graham sai à caça do assassino mas, para isso, acaba recorrendo ao Dr. Lecter, uma vez que esse é o ídolo do novo serial killer que chega a trocar cartas com o canibal, na prisão. Astuto, ele ajuda, ao mesmo tempo em que transforma a vida de Will num inferno sem, sequer, ter que sair da prisão.

A história se repete em "O Silêncio dos Inocentes" mas, a agente em questão é, agora, a jovem Clarice Starling, inciante no FBI, que trabalha tentando capturar "Bufalo Bill", um assassino que arranca a pele de suas vítimas (esse personagem, foi inspirado no famoso psicopata americano Ed Gein - o mesmo que inspirou o "Massacre da Serra Elétrica").

Aqui, duas cenas tornaram-se célebres: Hannibal preso numa jaula, com uma espécie de focinheira, como um verdadeiro animal, e o ataque ao guarda da prisão que se torna mais uma vítima de sua "fome assassina". Impossível esquecer a imagem do canibal com a boca ensangüentada.

Clarice consegue atingir seu objetivo, mas entra num verdadeiro "jogo de sedução" com Lecter que foge ao final do filme, dando o gancho para uma nova seqüência.

Entra em cena, então, Hannibal. O único filme em que o carismático psicopata é o "verdadeiro" assassino em questão.

Sete anos se passaram desde sua fuga. Ele, agora, vive em Florença, trabalha na biblioteca de uma nobre família e circula livremente pela Europa. Enquanto isso, Clarice é, agora, uma experiente agente, atormentada pela voz e pela imagem de Hannibal, que ela nunca conseguiu esquecer (e que diga-se de passagem, também nunca foi esquecida pelo psicopata).

Esse filme mostra a volta da fúria do canibal, sua relação ambígua com Clarice, e a busca pela vingança de Mason Verger, um milionário que sobreviveu ao ataque de Hannibal, mas que teve seu rosto totalmente desfigurado.

Hannibal é um filme que foge um pouco do "suspense" psicológico que fascina em Dragão Vermelho e O Silêncio dos Inocentes, contendo algumas cenas dispensáveis de violência (que beiraram à escatalogia - vide a morte no alto do prédio e o "jantar" que tem o personagem de Ray Liotta como convidado). Mesmo assim, Anthony Hopkins continua simplesmente perfeito ao dar vida a um dos mais marcantes assassinos do cinema.

Curiosidade: A primeira versão de Dragão Vermelho foi filmada em 1986 (chamada Manhunter, no original) e teve Brian Cox no papel de Hannibal Lecter. Sendo, inclusive, considerada melhor que a refilmagem de 2002 por algumas pessoas.

Entretanto, impossível imaginar um Hannibal melhor que Anthony Hopkins (pelo menos para nós, Malvadas).

Isso sem contar que Ralf Fiennes (o assassino da segunda versão) interpreta como ninguém personagens "atormentados".
Depois de Dragão Vermelho, Hannibal apareceu em duas outras produções: Hannibal, A Origem do Mal, que tenta dar motivos para seus crimes e que, sinceramente, deixa muito a desejar em relação aos outros filmes, além de apresentar um Hannibal que em nada se parece com o psicopata que estamos acostumados a ver. A outra aparição foi na série "Hannibal" que contaria como era o "relacionamento" entre Will e Hannibal, antes da história de "Dragão Vermelho". Nunca assisti, mas não fui com a cara de Hannibal e nem de Will. E a série foi cancelada na primeira temporada, então já dá para imaginar como era.

 


terça-feira, 2 de julho de 2013

Cavaleiros do Apocalipse - Jareth

"Instinto materno" é algo inerente a todas as mulheres, certo? Errado. Não às malvadas que, muitas vezes, apenas aturam até a própria cria.

E, mesmo estas chegam a ser rejeitadas.

Assim, um homem com poder para transformar crianças em duendes seria o companheiro perfeito para qualquer malvada.

E é exatamente isso que Jareth, o Rei dos Duendes (personagem de David Bowie em Labirinto, a Magia do Tempo) é capaz de fazer.

Dessa forma, quando Sarah (Jennifer Conelly) diz "Eu gostaria que os duendes o levassem. Agora!", referindo-se ao seu irmãozinho e acreditando apenas repetir a frase de um livro, um verdadeiro exército de pequenas criaturinhas encantadas aparece para levar o pequeno Toby.

Quando Sarah percebe que seu desejo se torna realidade, ela imediatamente muda de idéia.

Nesse momento, Jareth entra pela janela, vestido de preto, disposto a trocar o bebê por uma bela bola de cristal, um presente para a garota.

A jovem resiste e Jareth, então, faz uma proposta: ela tem 13 horas para chegar ao seu castelo, que fica além da cidade dos duentes, e resgatar seu irmãozinho. Do contrário, ele será transformado num duende.

Tem início a jornada de Sarah através do labirinto que dá nome ao filme. E, a tarefa seria praticamente impossível, se a bela e bondosa garota (e como tal insossa), não conquistasse aliados como Hoggle, Ludo, e Didmus ao longo do caminho. E ainda assim, a tarefa seria difícil. Afinal, Jareth tem o poder de dificultar as coisas e castigar aqueles que a ajudam.

Mas não. Nesse ponto ele comete seu pior pecado. Afinal, Jareth é homem como tal, "linear e previsível", como diria um amigo. O rei dos duendes se apaixona por Sarah e, muitas vezes, ele mesmo acaba facilitando as coisas para a garota. Não fosse por isso e ele seria perfeito.

Mas, pela capacidade de transformar criancinhas em duentes e por ter encantado uma geração inteira de malvadas adolescentes, na década de 80, que sonhavam fazer desaparecer seus irmãozinhos, Jareth conquistou seu espaço aqui no Malvadas.

Obs.: Labirinto é o nome do livro que Sarah está lendo e que conta a história de uma garota que deseja que seu irmãozinho seja levado pelo Rei dos Duendes.




Cavaleiros do Apocalipse - Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe nasceu em Boston em 1809. Seus pais eram atores e a vida errante que levavam nunca permitiu juntassem muitos recursos. Aliás, chegavam a beira da miséria, tornando-se potenciais canditados aos mais variados males que assolavam a população naquela época. A mãe de Poe morreu jovem, de tuberculose, deixando três filhos pequenos (Edgar, Willian e Rosalie) e o marido também doente. Com a morte do pai, os três irmãos foram adotados por famílias diferentes, crescendo separados.

Aqui começam as controvérsias na biografia do escritor. Alguns dizem que ele foi adotado por um tio, outros por um rico casal (Jonhn Allan e Frances Keeling Allan).

Poe estudou na Inglaterra, durante a juventude, e posteriormente voltou aos Estados Unidos para cursar a faculdade. Era um rapaz inteligente, genioso e orgulhoso, entre outras coisas, características que acabaram levando à sua expulsão da Universidade.

Depois de um tempo, resolveu ir para a Grécia, onde alistou-se no exército e lutou contra os turcos, o que acabou resultando em mais uma experiência mal sucedida em sua vida. De volta aos Estados Unidos entra para a Academia Militar de West Point, mas sua aversão à disciplina também acaba por ocasionar sua expulsão. Edgar era um boêmio e como tal dedicava-se à bebida, ao jogo e às mulheres.

Nessa época, foi morar com uma tia e logo depois ganhou um concurso de contos, realizado por um jornal local, o que deu início a sua carreira de ficcionista. Seu primeiro livro de poemas, entretanto, tinha sido editado quando ele ainda tinha 18 anos.

Logo depois disso, Poe casou-se com uma prima, Virgínia, de 13 anos (alguns dizem que ela tinha 14). Ele tinha 27. Começou então a colaborar com jornais e revistas locais tendo seu talento cada vez mais reconhecido. As condições financeiras, porem, insistiam em não melhorar. As depressões, crises de angustia, amores mal sucedidos, morbidez, eram constantes e dão o tom de sua obra.

Em 1947, Virgínia morreu de tuberculose e Edgar entregou-se ao desespero, às mulheres ao álcool e ao ópio. Em 1949 é encontrado em estado de embriagues profunda, na frente de uma taberna. Reconhecido por alguns amigos é levado ao hospital onde morre três dias depois.

Terminava assim, a vida de um dos grandes gênios da literatura. Seu legado até hoje encanta gerações e origina inúmeros estudos. Seus contos e poesias ainda servem de inspiração para o cinema.

Poe nunca se ateve a apenas um gênero literário, escrevendo contos, novelas e poemas. Sua influência foi marcante em autores como Baudelaire, Maupassant e Dostoievski.

Seus contos costumam ser divididos em dois grupos principais: contos de horror ou "góticos" (com personagens doentias, fascinadas pela morte, vítimas de maldições, entre outras coisas) e "contos analíticos, de raciocínio ou policiais" (com seus crimes misteriosos), que marcaram o início da chamada literatura policial.

Por ter sido um homem inteligente, capaz de imaginar os crimes misteriosos, e um tanto quanto atormentado, Edgar Allan Poe seria o parceiro perfeito para uma "malvada". No mínimo, uma fonte de inspiração.

Conheça dois de seus poemas: "Linhas sobre a Cerveja" (um verdadeiro lema para os bebedores) e "O Corvo" (um de seus mais famosos).

Linhas sobre a Cerveja

Cheio de espuma e âmbar misturados
Esvaziarei este copo novamente
Visões as mais hilariantes embarafustam
Pela alcova de meu cérebro
Pensamentos os mais curiosos fantasias as mais extravagantes
Ganham vida e se dissipam;
O que me importa o passar das horas?
Hoje estou tomando cerveja.

O Corvo
(Tradução de Machado de Assis - 1883)

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais.
E o rumor triste, vago, brando,
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto e: "Com efeito
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."
Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora -
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse: a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.
Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta:
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.
Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais tarde; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussurra. Abramos.
Ela, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso.
Obra do vento e nada mais."
Abro a janela e, de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre Corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras alas.
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.
Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais:
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."
Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."
No entanto, o Corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."
Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais."
Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao Corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera.
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais."
Assim, posto, devaneando,
Meditando, conjecturando,
Não lhe falava mais; mas se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava,
Conjecturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto,
Onde os raios da lâmpada caiam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.
Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso.
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."
"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: "Existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."
"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais.
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."
"Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa!, clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fica no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua,
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o Corvo disse: "Nunca mais."
E o Corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!

Obras de Allan Poe lançadas no Brasil

Annabel Lee, Ulaume e o Corvo
Assasinatos na Rua Morgue
As Aventuras de Arthur Gordon PYM
A Carta Roubada
Contos
Contos de Edgar Allan Poe
Contos de Terror, Mistério e Morte
Contos Escolhidos
O Corvo e Suas Traduções
Edgar Allan Poe: Ficção Completa, Poesia e Ensaios
O Escaravelho de Ouro e Outras Histórias
Histórias de Crime e Mistério
Histórias Extraordinárias
O Homem da Multidão
Manuscrito Encontrado Numa Garrafa e Outros Contos
O Mistério de Marie Roget
Passageiro Clandestino: Aventuras de Arthur Gordon Pym
Poemas e Ensaios
Poesia e Prosa: Obras Escolhidas, Novelas, Contos

Melhores contos

O Barril de Amontillado
O Retrato Oval
O Poço e o Pêndulo
A Máscara da Morte Escarlate
O Gato Preto
Leonor
Sombra
Berenice

Cavaleiros do Apocalipse - Átila, o Huno


“Eles vêm das estepes asiáticas, e toda a Europa tremerá perante eles. Em seus peitos batem os corações de animais selvagens e desde a Antigüidade eles não são considerados humanos.”

Assim os Hunos foram descritos em uma crônica européia do século VI d.C. Para o habitante do Império Romano, a chegada dos Hunos representava o próprio Apocalipse e Átila, o principal líder desse povo, espalhava a guerra, a fome, a peste e a morte, como um legítimo cavaleiro da destruição.

Os Hunos eram nômades e excelentes criadores de cavalos. Como não construíam casas, viviam em suas carroças e também em barracas que armavam nos caminhos que percorriam. A principal fonte de renda dos Hunos era a prática do saque aos povos dominados. Quando chegavam numa região, espalhavam o medo, pois eram extremamente violentos e cruéis com os inimigos. O principal líder deste povo foi Átila, responsável por diversas conquistas em guerras e batalhas.

Átila originalmente dividia o governo dos Hunos com seu irmão Bleta, mas, passou a reinar sozinho depois de matá-lo. Por volta de 441 devastou grande parte dos Balcãs e em 447 cruzou o Danúbio, assolando a Germânia e a França. Em 451, seu avanço foi sustado em Órleans por uma aliança de formas imperiais e visigóticas, e pouco depois sofreu nova derrota numa batalha nos Campos Cataláunicos, a planície da Champagne. Em 452, invadiu a Itália, destruiu Aquiléia, saqueou Milão e Pavia. Não chegou a entrar em Roma, mas, é considerado um dos responsáveis pela queda do Império Romano: as tribos germânicas que conquistaram grandes porções do Império e provocaram sua derrocada estavam, na verdade, fugindo de Átila.

Muito pouco é sabido da vida de Átila antes dele, por volta de 433 e com mais ou menos 25 anos, subir ao trono de rei dos Hunos, juntamente com seu irmão Bleda, a quem assassinou em 445. Segundo a lenda, Átila teria morto seu primeiro inimigo aos seis anos de idade e carregava a espada do deus da guerra. Em 447, Átila invadiu o Império Romano, derrotando todos os exércitos romanos e só deixando de conquistar Constantinopla graças às muralhas da cidade. O imperador passa a pagar um imposto anual de 900 quilos de ouro aos Hunos.

Em 450, o novo imperador se recusou a pagar o tributo. Ao invés de invadir o Império do Oriente, Átila invade o lado ocidental do Império; não apenas por que este era mais fraco, mas porque tinha uma desculpa: a irmã do imperador, Honória, havia sido aprisionada, suspeita de traição. Da prisão, ela enviou seu anel a Átila, pedindo-lhe que servisse de campeão. Átila declarou que considerava o gesto uma oferta de casamento, e pediu metade do Império como dote.

Em 451, junto com Gaiserico, rei dos vândalos, invade o império com um exército com, segundo os cronistas da época, 600.000 homens*. Na batalha de Châlons, Átila é derrotado pelo general romano Aécio, mas este não tem tropas o bastante para impedir que o exército Huno atravesse o Danúbio de volta, mais ou menos intacto.

Desejoso de vingar a derrota, a primeira e única de sua vida, Átila invadiu a península itálica um ano mais tarde e saqueou Pádua, Verona e outras cidades; mas, antes de chegar a Roma, retrocedeu, por causa da epidemia de peste que se abatia sobre a Itália. Segundo a lenda, foram o papa Leão I e os emissários imperiais que o convenceram a desistir do ataque à capital do império do Ocidente.

Depois de voltar para seu acampamento da Panônia, em 453, Átila casou-se e morreu na noite das bodas, vítima de um derrame. Seus coveiros foram assassinados, para que nunca revelassem onde tinham sido sepultados seu corpo e seus tesouros.

Seus inimigos fizeram correr pelo mundo a fama de que por onde Átila passava, a vegetação nunca mais crescia, tamanha a força e o poder de destruição de seu exército. Chamado de “Flagelo de Deus”, deixou um rastro de destruição pela Europa. Quando a notícia de sua morte chegou a Roma e Constantinopla, missas em agradecimento a Deus foram rezadas em todas as Igrejas.

* O número real provável, segundo historiadores modernos, estava mais próximo de 150.000, ainda enorme para os padrões do século V.

CURIOSIDADES:

  • Alguns cronistas da época relatam que Átila seria um anão, medindo cerca de 1,20m de altura.
  • Sob o comando de Átila, as tropas dos cavaleiros Hunos empreenderam uma grande campanha para a conquista da Gália: muitas cidades ficaram em ruínas e mais de 200.000 pessoas perderam suas vidas. Lendas contam que os moribundos das sangrentas batalhas continuavam a lutar no céu e, nos anos seguintes ainda era possível escutar os gritos daqueles que haviam tombado nas grandes rixas.
  • Aparentemente a ocupação das ilhas que formam a cidade de Veneza teria sido obra do “Flagelo de Deus”: durante sua invasão à Itália, em 452, a população do campo fugiu para as ilhotas das lagoas ao longo da costa ocidental do Adriático. Embora muitos dos refugiados retornassem a suas casas no continente após a retirada de Átila, a "semente" de Veneza já estava lançada.


Cavaleiros do Apocalipse - Darth Vader


Darth Vader nasceu Anakin Skywalker. Foi descoberto em Tatooine pelo mestre Jedi Qui-Gon Jinn, que o levou até o Conselho Jedi para ser treinado, acreditando que ele fosse o escolhido, mencionado numa antiga profecia Jedi. O Conselho resistiu de início. Mas, acabou cedendo. O jovem Skywalker foi destinado, então, ao Cavaleiro Obi-Wan Kenobi.

Com uma inteligência fora do comum, Anakin dominava a eletrônica e a mecânica e aos nove anos já criava naves e robôs. Para ele, os treinamentos Jedi eram fáceis e demorados demais. Não foram poucas as vezes em que ele simplesmente ignorou os conselhos de seu mestre.

Com o passar do tempo, o inconformismo de Anakin foi se transformando em ódio. Ele foi seduzido pelo lado negro da Força. Desafiou seu mestre para um duelo e foi ferido gravemente. Entretanto, sua raiva o manteve vivo. Ele recebeu implantes cyborgs que se fundiram a seu corpo e somados os poderes adquiridos ao passar para o lado negro às suas antigas habilidades, surge uma nova criatura: Darth Vader, o Lorde Negro de Sith.

Nessa época, a Rainha Amidála (esposa de Skywalker), estava grávida dos gêmeos Luke e Leia. Obi-Wan escondeu essa informação de seu antigo pupilo mas, de alguma forma, ele acabou descobrindo. Nunca soube, entretanto, que tinha uma filha.

Nos anos que se seguiram, Darth tornou-se o fiel escudeiro do Imperador. Cruel e impiedoso, ele nunca polpou esforços para conseguir aquilo que queria. Sob seus ataques, a ordem Jedi foi eliminada.

Seu poder de destruição nunca pode ser contestado. Ele atacava, matava, destruia, sem nenhuma hesitação. Seus poderes eram incomparáveis e praticamente todos os personagens da trilogia foram torturados por ele pelo menos uma vez.

Nem seus filhos foram poupados. Luke, por exemplo, teve sua mão decepada pelo pai numa disputa de sabres de luz.

Darth Vader seria o companheiro perfeito para qualquer malvada, não fosse um único detalhe: nos seus últimos instantes de vida, sucumbiu ao lado "branco" da Força no último filme... Mas, por toda a destruição que promoveu na galáxia, Darth teve seu lugar garantido aqui no "Malvadas". Confira agora, algumas curiosidades sobre esse nosso parceiro!

Nome: Anakyn Skywalker
Planeta: Tatooine
Altura: 2,02m (com armadura)
Intérprete: David Prowse
Voz: James Earl Jones
Dublador (em português): Pádua Moreira (dono daquela voz metálica e poderosa que era a coisa mais marcante da trilogia, para quem era obrigado a assistir os filmes na tv brasileira, numa época que vídeo cassete era coisa de ficção científica...rs)

Cavaleiros do Apocalipse - Drácula

Criaturas vampíricas povoam o pensamento humano, segundo alguns estudos, provavelmente desde antes do surgimento da escrita. Entretanto, o conceito, como existe hoje, tomou força na Europa onde, no século XII foram relatados diversos casos de mortos que voltavam para atacar e matar durante à noite.

Mas é somente no século XIX que se tem registro da primeira obra completa de ficção sobre vampiros, escrita John Polidori e publicada pela revista New Monthly Magazine. Também é do século XIX o romance que apresentou ao público o mais famoso vampiro de todos os tempos: Drácula, de Bram Stoker, publicado em 1897.

Segundo consta, Drácula tem sua história ligada a Vlad, o Empalador, filho de Vlad Dracul, príncipe da Wallachia. O termo Drácula foi utilizado para chamar Vlad (o Empalador), quando este ainda estava vivo e signifava o filho de Dracul. Vlad era conhecido pela violência com que agia e aterrorizava seus inimigos e desafetos, o que, provalmente, influenciou Bram Stoker na criação do personagem.

Da publicação de Drácula, até hoje, o mais famoso dos vampiros já esteve presente em inúmeros filmes, livros, seriados, peças teatrais, histórias em quadrinhos e periódicos, além de ter motivado a criação de um museu, de uma sociedade, de inúmeros vampiros e uma incontável quantidade de outros artigos.

De longe Drácula é nosso vilão predileto. Eu, particularmente, assisti a um sem-número de filmes, além de ler o livro. Bela Lugosi, Christopher Lee, Jack Palance, Frank Langella e George Hamilton, fizeram interpretações marcantes do conde. Entretanto, pra nós, aqui do "Malvadas", não existiu Drácula melhor que Gary Oldman, interprete do vampiro no filme "Drácula, de Bram Stoker".

Oldman deu a Drácula um ar ao mesmo tempo diabólico e atormentado. Cenas como a que ele lambe a navalha com sangue de Johnathan Harker, no inicio do filme, ou a da sua chegada a Londres, quando ele está todo vestido de cinza e olha por cima dos óculos, ou ainda aquela em que ele faz Mina chupar o sangue que escorre do seu peito, tornam o filme inesquecível.

Seria praticamente impossível resistir aos apelos de um vampiro como aquele. Demoníaco, perverso, atormentado e apaixonado. Que mulher resistiria a seus encantos? Por isso e por ser praticamenteo o vilão mais conhecido de todos tempos, Drácula foi o escolhido para ser o primeiro representante da nossa sessão "Cavaleiros do Apocalipse".

Alguns lugares para você conhecer um pouco mais sobre o Conde Drácula

Filmes

Drácula - 1931 (Diretor: Tod Browning - Elenco: Bela Lugosi, Dwight Frye, Helen Chandler, Edward Van Sloan)

A Casa de Drácula - 1945 (Direção: Erle C. Kenton - Elenco: Jonh Carradine, Lon Chaney Jr., Glenn Stange, Onslow Stevens, Jane Adams)

Horror de Drácula - 1958 (Direção: Terence Fisher - Elenco: Christopher Lee, Peter Cushing, Carlo Marsh, Melissa Stribling)
 

Drácula - Príncipe das Trevas - 1965 (Direção: Terence Fisher - Elenco: Christopher Lee, Francis Mathew, Suzan Framer, Charles Tingwell, Babara Shelley)

Drácula - 1973 (Direção: Dan Curtis - Elenco: Jack Palance, Murray Brown, Fiona Lewis, Penelope Horner, Simon Ward, Nigel Davenport)

Drácula de Bram Stocker - 1992 (Direção: Francis Ford Coppola - Elenco: Gary Oldman, Keanu Reeves, Winona Ryder, Sadie Frost, Bill Campbell, Cary Elwes, Richard E. Grant, Anthony Hopkins)

Livros

Drácula: O Vampiro da Noite
Stoker, Bram / Martin Claret

Drácula
Stoker, Bram / Madras

Drácula: A História Arrepiante do Conde Vampiro
Stoker, Bram / Companhia das Letrinhas

Drácula: O Homem por Trás do Mito
Zugaib, Roberta / Aleph

Em Busca de Drácula e Outros Vampiros
Mcnally, Raymond T.; Florescu, Radu / Mercuryo

O Livro dos Vampiros - A Enciclopédia dos Mortos-Vivos
Melton, J. Gordon / Makron Books