terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Outra Face - Meninas Malvadas - Pedolatria, Podolatria, BDSM, Dominação (Alex Castro)

Obs.: Para ver as imagens citadas, dê um pulinho no site do autor. O link está no final da postagem.

Nota do Autor: Matéria da AP, reproduzida pelo Estadão, cortesia do homem azul:

Meninas já sabem ser malvadas aos 3 anos, diz estudo

A pesquisa mostrou que existem sistemas de status e hierarquia social mesmo na pré-escola

Salt Lake City, EUA - A maldade das meninas pode começar quando elas ainda estão na pré-escola, mostra estudo da Universidade Brigham Young, nos EUA.

O trabalho descobriu que garotas de 3 ou 4 anos já sabem usar manipulação e pressão social para conseguir o que querem. "Pode ir desde dizer para as amiguinhas não brincarem com outra menina a ameaçar não convidar alguém para uma festinha de aniversário", disse Craig Hart, um dos co-autores do estudo.

As chamadas "meninas más" valem-se regularmente da exclusão e de ameaças de "ficar de mal" quando não conseguem o que querem das outras.

Essas "malvadas" são muito admiradas por alguns colegas e destestadas por outros. Têm grande habilidade social e popularidade, mas sabem ser manipuladoras ou subversivas, se necessário. Este estudo é o primeiro a relacionar esse tipo de comportamento - mais associado a adolescentes, e conhecido como "agressão relacional" - a crianças de idade pré-escolar.

A pesquisa mostrou que existem sistemas de status e hierarquia social mesmo na pré-escola. Outro estudo da Universidade Brigham Young mostrou que as crianças mais propensas à agressão física ou relacional têm maior probablidade de ter pais que usam manipulação psicológica e frieza emocional como formas de impor a disciplina.

Os leitores habituais do LLL sabem que mulheres malvadas são o grande tesão da minha vida. Parece até que virei expert sobre o assunto.

Uma revista já me entrevistou sobre o assunto e até mesmo uma atriz global já entrou em contato comigo para trocar umas idéias sobre a composição da vilã que interpretaria. Infelizmente, o nome ela não deixou eu revelar de jeito nenhum.

Qualquer um que já foi adolescente sabe que as mulheres nunca são tão más, manipulativas e egoístas quanto nessa idade. Ainda livres de restraints culturais e morais, as nossas doces filhas, sobrinhas e afilhadas fazem coisas de deixar em pé os cabelos da madrasta má.

Naturalmente, quando eu digo que amo as mulheres malvadas, estou falando de fantasia. Meu tesão por mulheres perversas, diabólicas e falsas é inversamente proporcional à minha vontade de ter um monstro desses em minha vida.

A figura da femme fatale é muito comum na tradição ocidental. Além de ser absurdamente sexy e de me levar quase à loucura, a femme fatale tradicional cumpre uma função social importante: justificar o medo que os homens têm das mulheres, como sua tirania sobre elas. Afinal, se as deixamos correr soltas, imagina o que pode acontecer? Vagina dentata! Pra cozinha com elas!

Por mais cruéis e monstruosas que sejam, como ler sobre Ayesha (do romance She, de Haggard) ou Cathy Ames (de A Leste do Éden, de Steinbeck) sem nos sentirmos fascinados por mulheres tão incrivelmente poderosas e sensuais?

É o próprio perigo que nos atrai. A tentação de brincar com fogo e, quem sabe, não sair queimado.

A delícia da história é que, cada vez mais, não são apenas os homens que são atraídos ao paradigma da mulher fatal e perversa. As meninas de hoje, também expostas à mesma cultura, não raro percebem (quase sempre pra sua imensa surpresa e estranhamento) que também admiram e invejam as malvadas, que gostariam de sentar em seus tronos e entrar em suas meias arrastão e sentir, nem que apenas na fantasia, o gostinho de ser sexy, poderosa, perversa e egoísta.

Querem provar a delícia de ter um homem aos seus pés, derrotado, humilhado, entregue.

Na Prisão Conformismo, eu digo que a melhor coisa de se mostrar é desencavar seus iguais, deixar que eles também se revelem e venham a você. Pois desde que comecei a falar de minha paixão por malvadas, tenho sido procurado por cada vez mais mulheres (muitas ainda meninas) que também se descobriram com fantasias semelhantes e, muitas delas, confusas, nem sabiam o que fazer com esses desejos esquisitos.

Muitas dessas histórias eu contei aqui, todas com os nomes devidamente trocados.

Luciana, com quem tive longas conversas no MSN, e que deixou florescer um tesão, a princípio tímido, em se imaginar rainha e poderosa; Victoria, com quem vivi um longo e delicioso caso de amor, cuja maldade eu farejei em um simples comentário que fez sobre o meu livro; e até mesmo uma outra correspondente, de apenas 16 anos, que não entendia porque, enquanto suas amigas sonhavam em dar pro Brad Pitt, ela sonhava em humilhá-lo e acabar com sua vida.

Eu converso, com essas e com outras mulheres que não pude citar, e digo que não são malucas - tá, talvez só um pouquinho -, que esses desejos não são nem normais nem anormais, porque não existe tal coisa, mas que não são únicos, que o mais importante é saberem que não estão sozinha, que não faltam homens (e nem mulheres, se quiserem) com desejos completamentares aos seus, e que, pra cada maldade que sonham inflingir, existem pessoas que sonham sofrer.

Nada poderia ser mais óbvio do que dizer que tudo isso começa na infância. Onde mais começaria? Retroativamente, na velhice? E, de vez em quando, eu tenho a honra de encontrar pessoalmente algumas dessas malvadas e, juntos, realizamos nossas mais impublicáveis fantasias. Só posso agradecer a oportunidade de ajudá-las a conhecer melhor seus desejos e de partilhar suas taras.

Esse texto foi postado, originalmente, no blog Liberal, Libertário e Libertino, em Maio, 2005

Alex Castro - Editor do seu Guia de Blog na Internet

Um comentário:

  1. Hum... Não posso deixar de dizer que não gosto da ideia de minha suposta 'personalidade' estar distribuida em milhares de outras mulheres. Mas, já que é uma coisa inevitavel, confesso que faço parte do time das malvadas.Não sei me arrepender e adoro isso. Ah! Tenho 16 anos de muitas visitas em consultoris psiquiatricos. Mas, no fundo, eles adoram meu jeito!
    Beijinhoos

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