terça-feira, 16 de julho de 2013

Cavaleiros do Apocalipse - Hannibal Lecter

 Hannibal Lecter é daqueles vilões tão carismáticos que apesar de toda a maldade, conquistam muito mais fãs que muitos "mocinhos".

Sua insteligência, astúcia e educação envolvem tanto vítimas como espectadores. Impossível ficar imune a sua presença e, por isso, perfeitamente compreensível que tenha feito tantas vítimas entre policiais e civis "indefesos".

Quem via o renomado psiquiatra Hannibal Lecter circulando entre os membros da alta sociedade, oferecendo jantares requintados não imaginava o perigo que corria ao fazer parte do seu círculo de amizades.

Hannibal ajudava a polícia a desvendar as mentes dos piores criminosos, era exímio conhecedor de artes em geral e colaborava com a orquestra local. Nas suas horas vagas, entreanto, dedicava-se a "caçar" e "devorar" suas vítimas.

Ao ser descoberto e preso pelo agente do FBI Will Graham, a carreira de Lecter parecia chegar ao fim. Mas, quem seria capaz de duvidar que, ainda dentro da prisão, ele fosse capaz de fazer suas vítimas?

Dragão Vermelho, primeiro filme a mostrar o personagem, conta de um serial killer apelidado de "Fada do Dente" que vem atormentando a polícia americana.

Para capturá-lo, o FBI recorre ao agente Graham, que tinha deixado a polícia após prender Hannibal (e quase ser morto por ele).

Graham sai à caça do assassino mas, para isso, acaba recorrendo ao Dr. Lecter, uma vez que esse é o ídolo do novo serial killer que chega a trocar cartas com o canibal, na prisão. Astuto, ele ajuda, ao mesmo tempo em que transforma a vida de Will num inferno sem, sequer, ter que sair da prisão.

A história se repete em "O Silêncio dos Inocentes" mas, a agente em questão é, agora, a jovem Clarice Starling, inciante no FBI, que trabalha tentando capturar "Bufalo Bill", um assassino que arranca a pele de suas vítimas (esse personagem, foi inspirado no famoso psicopata americano Ed Gein - o mesmo que inspirou o "Massacre da Serra Elétrica").

Aqui, duas cenas tornaram-se célebres: Hannibal preso numa jaula, com uma espécie de focinheira, como um verdadeiro animal, e o ataque ao guarda da prisão que se torna mais uma vítima de sua "fome assassina". Impossível esquecer a imagem do canibal com a boca ensangüentada.

Clarice consegue atingir seu objetivo, mas entra num verdadeiro "jogo de sedução" com Lecter que foge ao final do filme, dando o gancho para uma nova seqüência.

Entra em cena, então, Hannibal. O único filme em que o carismático psicopata é o "verdadeiro" assassino em questão.

Sete anos se passaram desde sua fuga. Ele, agora, vive em Florença, trabalha na biblioteca de uma nobre família e circula livremente pela Europa. Enquanto isso, Clarice é, agora, uma experiente agente, atormentada pela voz e pela imagem de Hannibal, que ela nunca conseguiu esquecer (e que diga-se de passagem, também nunca foi esquecida pelo psicopata).

Esse filme mostra a volta da fúria do canibal, sua relação ambígua com Clarice, e a busca pela vingança de Mason Verger, um milionário que sobreviveu ao ataque de Hannibal, mas que teve seu rosto totalmente desfigurado.

Hannibal é um filme que foge um pouco do "suspense" psicológico que fascina em Dragão Vermelho e O Silêncio dos Inocentes, contendo algumas cenas dispensáveis de violência (que beiraram à escatalogia - vide a morte no alto do prédio e o "jantar" que tem o personagem de Ray Liotta como convidado). Mesmo assim, Anthony Hopkins continua simplesmente perfeito ao dar vida a um dos mais marcantes assassinos do cinema.

Curiosidade: A primeira versão de Dragão Vermelho foi filmada em 1986 (chamada Manhunter, no original) e teve Brian Cox no papel de Hannibal Lecter. Sendo, inclusive, considerada melhor que a refilmagem de 2002 por algumas pessoas.

Entretanto, impossível imaginar um Hannibal melhor que Anthony Hopkins (pelo menos para nós, Malvadas).

Isso sem contar que Ralf Fiennes (o assassino da segunda versão) interpreta como ninguém personagens "atormentados".
Depois de Dragão Vermelho, Hannibal apareceu em duas outras produções: Hannibal, A Origem do Mal, que tenta dar motivos para seus crimes e que, sinceramente, deixa muito a desejar em relação aos outros filmes, além de apresentar um Hannibal que em nada se parece com o psicopata que estamos acostumados a ver. A outra aparição foi na série "Hannibal" que contaria como era o "relacionamento" entre Will e Hannibal, antes da história de "Dragão Vermelho". Nunca assisti, mas não fui com a cara de Hannibal e nem de Will. E a série foi cancelada na primeira temporada, então já dá para imaginar como era.

 


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