Doméstica diz que ação foi motivada por traição e problemas familiares
Cristiano Alves
A doméstica Eva Aparecida dos Santos Ferreira (39 anos) acabou detida ontem em Botucatu, após envenenar o marido, o ferroviário aposentado, Carlos Ferreira (69), em casa, na rua Dois, 53, na vila São Lúcio, onde ambos moravam.
A polícia foi acionada pela própria esposa que percebeu o marido passando mal. Os Bombeiros foram chamados e socorreram o aposentado até o Ps da Unesp. Ela mesma contou à polícia ter envenenado o marido. Foi até uma loja da rua Dr. Guimarães, a algumas quadras da sua residência, mostrar aos policiais qual tipo de veneno usado e o local da compra.
Ela contou à reportagem que comprou os venenos, de rato (em grãos), que foi colocado na comida do aposentado, além de um outro líquido de barata injetado na veia da vítima já quando ele começou a ficar sem forças. O homem também estava apanhando da mulher, e foi apresentado com vários hematomas no PS, em diferentes estágios de cicatrização o que comprova que essas agreções aconteceram em vários dias.
Também foi constatada lesão crânio-encefália. A mulher disse à reportagem que atia no marido, mas ele teria fraturado a cabeça no banheiro.
O motivo apresentado pela doméstica é que a família do marido era contra o seu casamento. Eles estavam amasiados desde 1996 e casaram-se três anos depois. "Eles não gostavam de mim e queriamo seguro de vida dele. Se eu não vou ficar com ele, a família também não. Queriam separar a gente na marra, mas a gente se gostava", disse ao Diário.
A mulher disse que amava o marido e por isso não aceitou a separação. "Quando uma família se entromete na vida do casal temq que acontecer isso mesmo. Eu apanhava do cunhado dele. Não tentei desaparecer; sempre dizia que se matasse alguém um dia nunca iria fugir", diz.
O envenenamento teria sido efetuado, segundo ela, na semana retrasada. "Em casa existiam seringas de uma irmã dele que era usuária de droga, então enchia uma e colocava todo o veneno", diz.
A acusada de tentar matar o marido diz que ele traía com uma vizinha chamada Antonia (60). "Peguei os dois transando na cama de casa, por isso batia nele. Ele sempre corria, mas resolvi perdoar. Eu gostava dele, uma prova é que casei em separação de bens para provar isso".
A mulher pedia para ser presa quando foi levada para o 2º DP da vila dos Lavradores na manhã de ontem. Sua preocupação era ser morta por alguém da família do marido, e disse estar feliz pela maneira com que as coisas terminaram. "Será que ele morreu, coitado? Eu gostava dele. Mas foi melhor assim porque não separaram a gente".
A esposa acusada do crime tem sotaque rural, chegou a rir da situação quando foi presa, acenando para os vizinhos. No DP ela falava da satisfação de terminar com o sofrimento que estaria tendo junto à família do marido. Eva afirmou que ambos eram evangélicos. "Só parei de ir à igreja porque ele começou a aprontar essas coisas de traição".
O ferroviário está em estado gravíssimo no Centro Cirurgico da Unesp.
Durante o socorro homem estava vestido para funeral
O ferroviário aposentado Carlos Ferreira (69), foi socorrido ao HC da Unesp pelos Bombeiros já com a roupa que queria morrer. A informação é da esposa do homem, a doméstica Eva Aparecida dos Santos Ferreira (39 anos), que disse à reportagem que o marido estava bastante abalado na sua saúde com o veneno aplicado por ela, quando ele pediu que ela o vestisse com um terno azul, para ser enterrado. "Chamei o socorro após vesti-lo com o erno que ele me pediu".
Família - Apesar da alegação da mulher que vinha sendo traída, as irmãs do aposentado envenenado negam. "Ele era idoso, não dava no couro, ela é que saía com outros homens", diz a irmã Ivete Ferreira.
Fonte: Diário da Serra- 04/05/05
A doméstica Eva Aparecida dos Santos Ferreira (39 anos) acabou detida ontem em Botucatu, após envenenar o marido, o ferroviário aposentado, Carlos Ferreira (69), em casa, na rua Dois, 53, na vila São Lúcio, onde ambos moravam.
A polícia foi acionada pela própria esposa que percebeu o marido passando mal. Os Bombeiros foram chamados e socorreram o aposentado até o Ps da Unesp. Ela mesma contou à polícia ter envenenado o marido. Foi até uma loja da rua Dr. Guimarães, a algumas quadras da sua residência, mostrar aos policiais qual tipo de veneno usado e o local da compra.
Ela contou à reportagem que comprou os venenos, de rato (em grãos), que foi colocado na comida do aposentado, além de um outro líquido de barata injetado na veia da vítima já quando ele começou a ficar sem forças. O homem também estava apanhando da mulher, e foi apresentado com vários hematomas no PS, em diferentes estágios de cicatrização o que comprova que essas agreções aconteceram em vários dias.
Também foi constatada lesão crânio-encefália. A mulher disse à reportagem que atia no marido, mas ele teria fraturado a cabeça no banheiro.
O motivo apresentado pela doméstica é que a família do marido era contra o seu casamento. Eles estavam amasiados desde 1996 e casaram-se três anos depois. "Eles não gostavam de mim e queriamo seguro de vida dele. Se eu não vou ficar com ele, a família também não. Queriam separar a gente na marra, mas a gente se gostava", disse ao Diário.
A mulher disse que amava o marido e por isso não aceitou a separação. "Quando uma família se entromete na vida do casal temq que acontecer isso mesmo. Eu apanhava do cunhado dele. Não tentei desaparecer; sempre dizia que se matasse alguém um dia nunca iria fugir", diz.
O envenenamento teria sido efetuado, segundo ela, na semana retrasada. "Em casa existiam seringas de uma irmã dele que era usuária de droga, então enchia uma e colocava todo o veneno", diz.
A acusada de tentar matar o marido diz que ele traía com uma vizinha chamada Antonia (60). "Peguei os dois transando na cama de casa, por isso batia nele. Ele sempre corria, mas resolvi perdoar. Eu gostava dele, uma prova é que casei em separação de bens para provar isso".
A mulher pedia para ser presa quando foi levada para o 2º DP da vila dos Lavradores na manhã de ontem. Sua preocupação era ser morta por alguém da família do marido, e disse estar feliz pela maneira com que as coisas terminaram. "Será que ele morreu, coitado? Eu gostava dele. Mas foi melhor assim porque não separaram a gente".
A esposa acusada do crime tem sotaque rural, chegou a rir da situação quando foi presa, acenando para os vizinhos. No DP ela falava da satisfação de terminar com o sofrimento que estaria tendo junto à família do marido. Eva afirmou que ambos eram evangélicos. "Só parei de ir à igreja porque ele começou a aprontar essas coisas de traição".
O ferroviário está em estado gravíssimo no Centro Cirurgico da Unesp.
Durante o socorro homem estava vestido para funeral
O ferroviário aposentado Carlos Ferreira (69), foi socorrido ao HC da Unesp pelos Bombeiros já com a roupa que queria morrer. A informação é da esposa do homem, a doméstica Eva Aparecida dos Santos Ferreira (39 anos), que disse à reportagem que o marido estava bastante abalado na sua saúde com o veneno aplicado por ela, quando ele pediu que ela o vestisse com um terno azul, para ser enterrado. "Chamei o socorro após vesti-lo com o erno que ele me pediu".
Família - Apesar da alegação da mulher que vinha sendo traída, as irmãs do aposentado envenenado negam. "Ele era idoso, não dava no couro, ela é que saía com outros homens", diz a irmã Ivete Ferreira.
Fonte: Diário da Serra- 04/05/05
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