A manicure K.S.A, 23, matou o homem que a estuprava usando a arma do agressor, anteontem, no Distrito Federal. O crime aconteceu na cidade de São Sebastião, cidade satélite de Brasília, quando a manicure voltava do centro da cidade a pé acompanhada do filho de 7 anos e da irmã de 14 anos.
Os três foram abordados por um homem armado e encapuzado que anunciou um assalto. O agressor roubou R$13 das vítimas, um relógio e o telefone celular de K.S.A. Após o roubo, o homem obrigou o trio a acompanhá-lo até um matagal na periferia da cidade. O agressor tentou estuprar a menor de 14 anos. Para poupar a irmã, a manicure de 23 anos propôs ao bandido que fosse ela a estuprada e não a menor de idade.
O homem inicialmente recusou a proposta, mas ao não conseguir estuprar a menor, decidiu abusar da manicure. O homem estuprou K.S.A na frente do filho e da irmã duas vezes. Na segunda vez, no entanto, a manicure aproveitou-se de um momento de distração do agressor e tomou sua arma. K.S.A atirou contra o peito do estuprador, que morreu.
De acordo com o jornal Correio Braziliense, ao registrar a ocorrência na delegacia de polícia mais próxima, o delegado de plantão não reconheceu a morte do estuprador como legítima defesa da manicure e denunciou K.S.A como autora de homicídio doloso, artigo criminal usado para definir assassinos comuns ou quando a pessoa tem a intenção clara de matar.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, no entanto, este é apenas o procedimento padrão neste tipo de crime. Nesses casos, o acusado alega à Justiça legítima defesa, argumento é normalmente aceito. A polícia ainda não descobriu a identidade do estuprador morto.
Fonte: Terra - 19/01/2004
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