A líder comunitária Alecina Alves Ramos, 47 anos, foi assassinada com sete facadas. O crime ocorreu no Bairro Jockey Club, em Nioaque, distante 171 quilômetros de Campo Grande. A acusada da execução é Zilma Maria dos Santos, 21 anos, que foi presa em flagrante pela guarnição da Polícia Militar local. O homicídio teria sido motivado por vingança, uma vez que a vítima foi testemunha contra a autora no processo judicial em que Zilma perdeu a guarda de seus cinco filhos.
Na delegacia de Polícia Civil, a acusada disse ao delegado Daniel Rodrigues da Silva que resolveu cometer o crime porque a líder comunitária havia afirmado na Justiça que ela era garota de programas e deixava os filhos abandonados. O depoimento da vítima teria reforçado a decisão judicial que deu perda da guarda dos filhos com idade entre 2 e 10 anos.
O crime
Conforme a polícia, o homicídio foi premeditado. Depois de ser notificada da decisão da Justiça, Zilma decidiu matar a presidente do bairro. Ao ler os documentos entregues pelo oficial de justiça, a acusada viu que o nome de Alecina constava como testemunha.
Segundo os levantamentos, a homicida abordou a vítima, que estava de bicicleta, quando se dirigia para o centro da cidade. Ela teria entrado na frente da bicicleta para provocar a queda da vítima. Com a mulher caída, a acusada iniciou a sessão de esfaqueamento.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi golpeada por todo o corpo e abandonada no local. Mesmo ferida, a líder comunitária levantou-se e conseguiu parar um ônibus. Levada para um hospital local, ela não resistiu aos ferimentos. Alecina era conhecida na cidade, de 16 mil habitantes, por ser lutadora no movimento comunitário.
O delegado Daniel Rodrigues abriu inquérito para apurar mais detalhes sobre o crime. Zilma Maria dos Santos está recolhida em uma das celas da delegacia de Polícia Civil de Nioaque.
Fonte: Oeste News - 16/08/06
Nenhum comentário:
Postar um comentário