terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cavaleiros do Apocalipse - Coringa (Joker, "piadista")




Primeira aparição: Batman 1, 1940.

Criado por Bill Finger e Bob Kane a partir de uma sugestão de Jerry Robinson, Coringa apareceu pela primeira vez em Batman #1 (1940). Sua imagem foi criada a partir de uma foto de Conrad Veidt no filme The Man Who Laughs (1928) trazida pelo roteirista Bill Finger, e uma carta de baralho trazida pelo desenhista Jerry Robinson.

Em sua primeira aparição, em 1940, o Coringa era um ladrão de joalherias, que matava as pessoas no local do assalto. Nos anos 40 e 50 o Coringa sempre aparentava morrer mas nunca recuperavam seu corpo. O personagem se alterou para uma versão mais amena nos anos 60 devido ao Comics Code Authority, que vigiava o conteúdo das histórias em quadradinhos. Voltou a uma versão próxima a original em 1973, quando Dennis O'Neil e Neal Adams criaram um Coringa maníaco homicida obcecado com Batman.

Em 1951, a revista Detective Comics #168 criou uma origem para o vilão. Um bandido apelidado de Capuz Vermelho tenta assaltar uma fábrica e quando Batman e Robin invadem o lugar, o Capuz Vermelho cai acidentalmente num tonel de produtos químicos. É dado como morto, mas 10 anos depois ressurge completamente louco, com pele branca e cabelos verdes. Essa história fora reescrita por Alan Moore em Batman: A Piada Mortal.

Coringa se considera um grande humorista, e usa armas inspiradas em comédia que incluem uma luva com dispositivo elétrico (que dá um choque letal), tortas de cianeto e uma flor que espirra ácido. Sua marca registrada é o "gás do riso", um veneno que leva a vítima a morrer de tanto rir enrijecendo seus músculos e deixando-as com um sorriso no rosto.

Geralmente frágil, nocauteado com um soco, o Coringa, por mais de uma vez, demonstrou a força anormal dos loucos. Neste estado de insanidade, é um combatente hábil, capaz de segurar uma briga contra Batman, e algumas vezes subjugá-lo.

Sarcástico, constrói situações em que as vitimas passam a acreditar que tem parte de culpa por alguma catástrofe, provocada, claro, pelo Coringa. Aliás, essas são as principais características do vilão: insanidade e extrema falta de sentimentos humanos, que questionam incessantemente a sanidade do Homem-Morcego e validade dos sistemas de repressão ao crime e de recuperação dos loucos.

No seriado dos anos 60, Cesar Romero interpretou o Coringa, em uma versão cômica, mas não homicida. Seus planos inusitados incluíam transformar os reservatórios de água de Gotham em gelatina. Romero recusou-se a raspar o bigode para o seriado, sendo parcialmente visível sob a maquiagem branca. O primeiro filme de Batman, em 1966 também teve Romero no papel.

No filme de 1989 dirigido por Tim Burton, Jack Nicholson interpretou o Coringa, com grande aclamação crítica. O filme criou uma identidade, Jack Napier, colaborador do chefe da Máfia de Gotham, Carl Grissom.

Já em Batman Begins, o comissário Gordon entrega a Batman uma carta deixada por um bandido - um Coringa.

O Cavaleiro das Trevas introduz uma nova versão do personagem, interpretada por Heath Ledger. Este novo Coringa possui um visual realista, mais psicótico e sombrio, com a pele maquiada e cabelos tingidos, e um sorriso construído com cicatrizes. Sua personalidade é psicopática e mais agressiva, baseada principalmente em Sid Vicious e Laranja Mecânica.


CURIOSIDADE

A graphic novel Joker saiu nos EUA no final de 2008. Com roteiros de Brian Azzarello (100 Balas) e desenhos de Lee Bermejo, é o primeiro grande trabalho com o arqui-inimigo de Batman após a consagração do Coringa em Cavaleiro das Trevas.

E, para os leitores brasileiros, uma surpresa interessante: em um quadro da página 118 da graphic novel, o Coringa está apontando seu revólver, com cara de sádico para seu assecla Jonny Frost.

A cena é idêntica a uma das imagens mais contundentes do filme brasileiro Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, na qual Zé Pequeno - ainda Dadinho - comete um de seus primeiros crimes. Compare.

Para saber mais:
Batman: Piada Mortal
Asilo Arkham
Dia das Bruxas, Jeph Loeb e Tim Sale
O Longo dia das Bruxas, Jeph Loeb e Tim Sale
Vitória Sombria, Jeph Loeb e Tim Sale
www.omelete.com.br






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